APARECIDO CARMO
VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
O número de casos de dengue em Cuiabá nas três primeiras semanas do ano é 204% maior do que o número registrado no mesmo período do ano passado. A informação consta na última edição do boletim da Diretoria de Vigilância em Saúde da Capital.
Foram notificados 356 casos de dengue até a terceira semana epidemiológica de 2025, numa média de 119 casos por semana. No ano passado, no mesmo período, a média era de 31 casos por semana.
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Os números podem sofrer alterações para mais a depender dos resultados dos exames que forem emitidos após o fechamento do levantamento, nessa quarta-feira (22). Uma morte é investigada em Cuiabá por dengue.
Os números foram compilados com base nos atendimentos realizados pelas unidades municipais de saúde, mas a situação pode ser pior porque nem todos os dados estavam disponíveis no sistema de gestão da Secretaria Municipal de Saúde.
“Esses dados a gente acredita que estejam subnotificados, que está bem pior do que isso porque nem todas as Unidades Básicas de Saúde fizeram a sinalização adequada de todos os dados e indicadores e como a gente ainda está há poucos dias, está reestruturando toda a Secretaria de Saúde, dados que poderiam estar colaborando não foram encontrados dentro da rede de gestão em saúde”, explicou o prefeito.
A situação é ainda pior com relação à Chikungunya, que registrou aumento de 1.913% nos casos notificados em 2025 até a terceira semana epidemiológica. Duas mortes foram confirmadas pela doença e outras duas estão em investigação.
Ainda há a preocupação com o vírus da Febre Oropouche que foi identificado na cidade de Várzea Grande e pode provocar má-formação em fetos. A proximidade geográfica das duas cidades aumentou o temor de que a doença já esteja em circulação na Capital.
Por conta do cenário grave no que diz respeito às arboviroses, a Prefeitura Municipal de Cuiabá decretou situação de emergência.
Resposta das autoridades
O decreto de emergência, que passa a valer nesta quinta-feira (23), permite a adoção das medidas necessárias para a “contenção do aumento da incidência de arboviroses”, especialmente a aquisição de medicamentos, insumos e materiais e a contratação de serviços necessários ao atendimento da população.
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Um Comitê de Operações Emergenciais, submetido à Secretaria Municipal de Saúde, será o responsável pelo monitoramento e gestão da situação de emergência, bem como das medidas que forem necessárias no enfrentamento da crise.
O decreto prevê a suspensão imediata dos agendamentos de consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo os atendimentos realizados de forma espontânea. Além disso, os pacientes que fazem uso de medicação de uso contínuo terão as receitas renovadas sem a necessidade de nova consulta médica.
O texto do decreto permite a contratação de pessoal por tempo determinado, bem como a aquisição de medicamentos, materiais e insumos para abastecimento das unidades de saúde.
O prazo inicial da situação de emergência será de sessenta dias, a serem contados a partir da publicação do decreto municipal.
Dora 28/01/2025
De que adianta falar para denunciar, se quando ligamos para a Zoonoses, se eles nem atendem ligação? E quando atendem, falam que vão verificar, o telefone fica na espera e a ligação cai?
1 comentários