APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Os incêndios criminosos registrados na cidade Paranatinga, nessa terça-feira (28), foram motivados pela recusa dos lojistas em pagar uma “taxa” para a facção criminosa que controla a criminalidade na cidade. A informação é da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
As ordens para os ataques partiram de duas lideranças do crime organizado na região, que estavam presas no Centro Penitenciário do município. Ambos foram enviados para uma área de isolamento na unidade.
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Os executores do crime, dois homens de 24 e 25 anos, foram identificados com a ajuda de câmeras de segurança, que registraram o momento em que é feita a “cobrança” a um dos lojistas atingidos pelo ataque. Além dos incêndios, eles deverão responder por extorsão.
De acordo com as informações disponibilizadas pelas autoridades, ambos os criminosos acusados de atear fogo nos comércios têm passagens pela polícia. Um deles por tentativa de furto e o outro tinha mandado de prisão em aberto expedido pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Após os ataques, a segurança na cidade foi reforçada, com o envio de equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Rotam, Força Tática, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operações Especiais (GOE).
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Em nota, o secretário de Segurança Pública, César Roveri, destacou a resposta rápida das autoridades, que conseguiram identificar os mandantes do crime horas após os fatos e prenderam os executores no mesmo dia.
“De imediato, enviamos reforço e equipes das unidades especializadas da Polícia Militar e Civil que se deslocaram para o município. A resposta já foi dada com a identificação pela manhã dos mandantes, que estavam presos e foram transferidos para setores isolados. O trabalho prossegue com ações ostensivas e de investigação no município, dentro da política de tolerância zero as facções criminosas em Mato Grosso”, ressaltou o secretário.