JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
O investigador da Polícia Civil, Leonel Constantino de Arruda, responsável pela morte de Anderson Conceição de Oliveira, 32 anos, no centro de Cuiabá, na última sexta-feira (06), já havia sido preso em junho de 2013 pela própria PJC.
O agente foi alvo da Operação Abadom, acusado de fazer parte de uma organização criminosa dentro da corporação, que extorquia e "protegia" traficantes de drogas, em troca de dinheiro. Além dele, também foram presos o delegado João Bosco e sua esposa, a escrivã Gláucia Gasquez, e os policiais Cláudio Roberto da Costa, George Fontoura Filgueiras e Marcio Severo Arrial.
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Eles ficaram presos por cerca de dois meses e foram liberado após conseguir habeas corpus junto à Justiça. Todos são acusados de dar proteção a uma família de traficantes que atua em Mato Grosso em troca de vantagens, quantias em dinheiro, bens móveis e imóveis.
Durante audiência de custódia sobre a morte de Anderson Conceição de Oliveira, na última sexta, a juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira citou o histórico criminal do policial civil para converter a prisão em flagrante para preventiva. Ela afirmou que Leonel “possui inclinação à prática delitiva”.
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“Igualmente, verifica-se que não se trata de fato isolado na vida do custodiado, uma vez que responde a processo criminal no juízo da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande – MT (Autos de nº 0008437-56.2014.811.0042), pela prática dos crimes previstos no artigo 159, caput, do Código Penal (extorsão mediante sequestro) e artigo 3, “b” da Lei nº 4.898/65 (abuso de autoridade), demonstrando que possui inclinação à prática delitiva e que sua liberdade coloca em risco a ordem pública”, disse a magistrada na decisão assinada no último sábado (07).
Relembre o caso
O policial civil Leonel Constantino de Arruda está preso desde sexta-feira (06), após atirar em Anderson Conceição de Oliveira, 32 anos, no centro de Cuiabá.
Anderson foi até a delegacia, localizada na Avenida Prainha, para registrar um boletim de ocorrência por extravio de documento. Durante checagem no sistema policial, foi constatado que ele tinha um mandado de prisão definitiva em aberto.
A prisão havia sido decretada no ano passado pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, pelo crime de roubo majorado. Desde então, o homem era considerado foragido da Justiça.
Ao receber voz de prisão, Anderson saiu correndo da delegacia. O policial correu atrás e, durante a perseguição, acabou atirando na nuca do homem. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte da vítima ainda no local.
O caso segue sendo apurado.
