DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta afirmou que vai recorrer da sentença que livrou a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur do crime de tortura com resultado na morte do ex-aluno Rodrigo Claro.
Para ele, a decisão da Justiça Militar proferida na quinta-feira (23), foi “equivocada”. A militar foi condenada pelo crime de maus-tratos e pegou a pena de um ano em regime aberto sem perda de cargo.
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“Será interposto recurso de apelação ainda hoje, em razão da total irresignação com a injusta e equivocada sentença proferida ontem”, disse promotor, por meio da assessoria.
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"Em que pese essa conduta deturpada de castigar o aluno por não conseguir cumprir com o treinamento, a verdade é que a intenção da ré era efetivamente de ensino e/ou instrução, apesar de ter desviado do bom senso, transmudando o ensino em um palco de arbitrariedades", diz trecho da sentença.
Por outro lado, o MP quer que Ledur seja condenada pelo crime de tortura, com pena fixada entre 8 a 16 anos e também seja expulsa do Corpo de Bombeiros.
Rodrigo Claro morreu no dia 10 de novembro de 2016, após ser submetido a uma sequência de afogamentos (conhecidos como caldos), durante o treinamento de atividades aquáticas, realizado na Lagoa Trevisan em Cuiabá, na qual Ledur era instrutora.
Família revoltada
A mãe do jovem, Jane Patrícia Claro, contou que luta por Justiça há quase cinco anos e Ledur ganhou "carta branca para continuar matando".
"Foi algo que ninguém esperava. Não consegui nem dormir esta noite. Nada aconteceu. A nossa luta foi em vão. Ela ganhou carta branca para fazer com outros o que fez com meu filho", afirmou.
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Promotor diz que aluno foi humilhado, castigado e quer condenação por tortura
Freitas 25/09/2021
Tem que recorrer dessa decisão.
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