Do G1 SC
A família da brasileira Amanda Griza, modelo de 19 anos presa na China suspeita de trabalho ilegal no país, continua na expectativa de mais informações sobre o processo de libertação da filha. De acordo com o pai Edson Grizo, em conversa com a vice-consulesa da Embaixada do Brasil em Pequim, Carmelita Pollicott, na manhã deste sábado (17), a autoridade pediu paciência, pois os processos convencionais para libertação poderiam chegar a 30 dias.
"Eu e a mãe dela estamos muito agoniados. Já ouvimos vários prazos, sempre acreditamos no mais curto, por esperança, coração apertado. Sabemos que a burocracia é complicada, mas estamos munidos de apoio aqui no Brasil", disse o pai de Amanda. Na segunda-feira (19), a vice-consulesa dará novos dados sobre os encaminhamentos do caso.
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Edson relata que recebeu na sexta-feira (16) uma ligação do ministro do Trabalho Manoel Dias prestando solidariedade e auxílio ao processo. Segundo ele, também foi procurado por Aloysio Gomide, do Ministério das Relações Exteriores. Ambos teriam prometido intervir junto às autoridades chinesas.
De acordo com o pai, atualmente o contato com a filha é feito através da vice-consulesa Carmelita Pollicott. "Na quinta-feira (15), a senhora Pollicott entregou uma carta a minha filha, escrita pela mãe, em que dizíamos o quanto a amávamos", afirma. Desde então, não fizeram mais contato com a garota.
O pai reforça que o deputado federal Vieira Cunha (PDT-RS), amigo da família, está mobilizando contatos pessoais na China, ligados à política e à diplomacia, para ajudar na corrente de apoio. O deputado confirmou a contratação de um advogado pela Embaixada do Brasil em Pequim para defendê-la.
"Gostaríamos de pedir uma corrente de oração ao público, que todo mundo se engaje como puder. Queremos tê-la logo de volta, a salvo conosco", falou Edson.
Prisão
A modelo foi detida na última quinta (8), quando policiais chineses simularam uma seleção de modelos e prenderam 60 estrangeiras, entre elas Amanda. No último contato pessoal que teve com a família, ela usou um aplicativo do telefone celular para contar, pela internet, o que estava acontecendo.
Por meio de contato com colegas de Amanda que não foram flagradas pela polícia chinesa, a família obteve a informação de que ela seria solta em um dia. O prazo, no entanto, aumentou para 72 horas. Atualmente, a família não tem certeza quanto tempo demorará a libertação.
Amanda trabalhava como modelo na China desde o início do ano. Ela passaria 120 dias em Pequim e mais dois meses em Hong Kong a trabalho, via uma agência de modelos. A polícia chinesa prendeu as jovens com a acusação trabalho ilegal no país.
A modelo é natural do Rio Grande do Sul, mas a família vive há sete anos em Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. Os pais dela são proprietários de um salão de beleza no município.