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Cuiabá, 21 de Dezembro de 2024
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22 de Maio de 2014, 10h:34 - A | A

OPINIÃO / PAULO LEMOS

Ararath na Defensoria

O dinheiro da previdência, dos defensores, também foi desviado.

PAULO LEMOS



A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso quase foi à bancarrota na gestão passada (2011/2012), de André Prieto e Hércules Gahyva, com contratos manifestadamente  direcionados e superfaturados, firmados com empresas e parentes de alguns dos investigados hoje pela Polícia Federal, na Operação Ararath.

Enquanto se gastou milhões de reais, somadas as despesas com a Amazon Petróleo, do Júnior Mendonça, e com buffet e produtora de vídeo, respectivamente, da esposa e do sobrinho do Conselheiro Sérgio Ricardo, entre outros contratos bizarros, foram fechados mais de 20 núcleos da Defensoria Pública no interior do estado (fechados até hoje); e os serviços de internet, telefone, correio e até de água, foram cortados. Lamentável!

O dinheiro da previdência, dos defensores públicos, também foi desviado.

A Instituição foi assaltada, sob os olhos de todos, sendo que alguns reagiram de pronto, interna e publicamente, e foram retalhados por isso, com censura de informações, tentativa de destituição, violação de emails, ameaça e até com arrombamentos de carro e de gabinete.

Eram os tentáculos de um grande esquema de corrupção que estavam sangrando e roubando a alma da Instituição.

Quando a Ouvidoria e a Corregedoria, juntos com dezenas de defensores públicos e organizações sociais, saíram em defesa da população e contra os artífices desse esquema e apresentaram pedido de impeachment do Defensor-Geral de então, parte dos "representantes do povo" incorreram em prevaricação, condescendência criminosa e crime de responsabilidade, pois lavaram as mãos, como Barrabás. Disseram que era coisa para o Judiciário resolver.

Hoje fica claro o porquê do "companheirismo" e o "corpo mole" de alguns agentes políticos, de dentro e de fora da Instituição, tanto dos amigos e dos padrinhos do "rei posto e deposto".

Provavelmente estavam partilhando do banquete, ao som de música, bebida e caviar, não podendo, portanto, um amigo dedurar. Iria contra o "Código de Honra" e os interesses deles.

Sim, a máfia também tem "Código de Honra". É só assistir o "Poderoso Chefão", para confirmar. Mudam os atores, porém as práticas são as mesmas.

Enquanto isso, na margem da exclusão, o povo, sem acesso à justiça, não parava de gritar e ainda clama por: justiça! justiça! justiça!

Paulo Lemos é ouvidor da Defensoria Pública de Mato Grosso.

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