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Cuiabá, 30 de Dezembro de 2024
30 de Dezembro de 2024

17 de Setembro de 2024, 14h:01 - A | A

OPINIÃO / LICIO ANTONIO MALHEIROS

Coronel Clarindo, uma lenda viva

LICIO ANTONIO MALHEIROS



Nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de Mato Grosso prestou sem sombra de dúvidas, uma lindíssima, e merecida homenagem ao Coronel Clarindo Vicente de Figueiredo, uma verdadeira lenda viva, com 95 anos.

Foi prestada uma merecidíssima homenagem ao Coronel Clarindo Figueiredo, o mais longevo Coronel da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, egresso, do Centro de Instrução Militar.

Esta homenagem foi prestada pelo Tenente Coronel Gabriel Leal, Comandante da Academia, como forma, de enaltecer, valorizar e honrar os heróis do passado, prestando, essa homenagem ao Coronel Clarindo.

Ele mostrou, a história desse ilustre comandante, o Coronel veterano Clarindo, formou-se como oficial da Polícia Militar no ano de 1954, no antigo Centro de Instrução Militar do 1º Batalhão de Polícia Militar; exímio em matemática, e falava latim e inglês fluentemente.

Devido, a sua habilidade com matemática e contabilidade, foi o responsável pela restruturação do setor de finanças; também responsável pela idealização e criação da caixa de previdência, atual Hospital Militar; teve a honra de receber a taça Jules Rimet, quando passou por Mato Grosso.

Os cadetes da 22ª turma do Curso de Formação de Oficiais, tiveram a honra de poder falar com esta verdadeira lenda viva, Coronel Clarindo.

Perguntado sobre sua naturalidade, de forma simples respondeu, “daqui mesmo Cuiabá, servi em diversas cidades e a primeira delegacia que peguei, foi a de Chapada dos Guimarães, depois fui para Alto Garças, Alto Araguaia, Guiratinga, São Felix do Araguaia, fui homenageado até no Rio Grande do Sul...........”.

Foi, uma entrevista emocionante recheada de momentos sublimes, principalmente ao recordar seus feitos memoráveis vividos, aí foi às lagrimas.

Fazendo um parêntese na conversa dos cadetes com o Coronel Clarindo; que foi, sem sombra de dúvidas sensacional.

Me permitam meter o bedelho; pois parte da minha vida também foi vivida no convívio do Coronel Clarindo.

Explico; sempre tive orgulho de ter nascido e sido criado, na Av. Mario Corrêa nº 77, bairro porto.

Pelos idos dos anos 70 nessa mesma avenida, existiam pouquíssimas casas, descendo a rua no sentido rio Cuiabá, à esquerda, existiam, a nossa casa e de cinco tios; a direita a casa do nosso amigo, Rodolfo Rosário de Pina (Pinarte), pulando dois terrenos na época baldios, aí vinha, a casa do Coronel Clarindo.

Assim que se mudou para essa casa, eu e meus irmãos ainda muito crianças, fizemos amizade com os filhos do Coronel Clarindo, homem sério, austero quando preciso, porém, com coração de criança na maioria das vezes, sempre sorrindo.

Nessa ocasião, o Coronel Clarindo era casado com a senhora Dirce Figueiredo (in memoriam), com quem teve 5 filhos maravilhosos, o primogênito seguiu a carreira militar o Coronel Clarindo Filho (chamado Dinho), o segundo Coronel Carlos Estevão, outra pessoa maravilhosa, Tente Coronel Ubaldo Figueiredo, muito jovem se mudou, Coronel José Robson Figueiredo, com este, ainda mantenho contato, e finalmente a Marlene Figueiredo a única mulher do seu primeiro casamento.

Éramos felizes e não sabíamos, a Av. Mario Corrêa como não era asfaltada, assim que a chuva terminava, a rua ficava infestada de pessoas em busca dos resíduos de ouro, alguns dos seus filhos se aventurava nessa busca, eu, um pouco tímido e inexperiente, não sabia tirar o ouro e ficava olhando, para mim, era uma coisa surreal.

Em outros momentos dá nossa infância, eu ia chamá-los para brincar, o Coronel Clarindo saia e dizia de forma dura, os meninos estão de castigo, pois não estudaram, e deixaram de fazer a tarefa, a sua maior preocupação era com o conhecimento cognitivo, tanto é verdade que todos se deram bem na vida.

OBS: (sempre que lá chegava, ele estava com um caderno ensinando seus filhos).

Na vida, nem tudo são flores, aí vem um momento de dor e sofrimento, o passamento da sua esposa querida Dona Dirce Figueiredo, todos ficaram abalados com a perda dá mãe especialmente o Clarindo Filho (Dinho) o primogênito, porém foram à luta.

Com o passar dos anos; como homem nenhum vive sozinho, o Coronel Clarindo encontra uma nova companheira Zélia da Silva Figueiredo, com quem teve 4 filhos, Eduardo Figueiredo, Subtenente do Corpo de Bombeiros, Edesio Figueiredo, médico ortopedista, Kelen Figueiredo, advogada e servidora pública da Prefeitura de Cuiabá, e Evaldo Figueiredo, dentista aposentado.

Apesar, de apresentar uma prole considerável 9 filhos, felizmente todos seguiram o caminho do bem, dá honestidade da retidão de caráter e por aí vai. Tendo sempre refletida em suas mentes, a imagem do pai, o Coronel Clarindo Figueiredo, um exemplo de vida.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo

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