CHARLES SCHWEITZER
O cenário para as pequenas empresas em estágio inicial no Brasil é repleto de desafios, principalmente para crescerem e se manterem sustentáveis ao longo do tempo. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Sebrae Nacional, cerca de 30% das empresas encerram suas atividades em um período de até cinco anos. Dentre as dificuldades está o acesso restrito ao crédito, burocracia excessiva e carga tributária elevada.
Porém, mesmo diante dos entraves, um caminho que as empresas têm seguido é investir em atração e retenção de talentos com a oferta de benefícios corporativos flexíveis que vão além dos tradicionais estabelecidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), como vale-transporte, alimentação e refeição, auxílio saúde, dentre outros. Hoje, por exemplo, há soluções no mercado de baixo custo que oferecem ajuda para despesas com academia, alimentação para pets, higiene íntima, materiais escolares, auxílio refeição para as contratações temporárias, dentre outras infinitas possibilidades.
Ao investir nos colaboradores, as pequenas empresas se tornam competitivas e ganham destaque, principalmente nas grandes cidades, onde as organizações de portes maiores costumam oferecer pacotes mais robustos de benefícios. Além disso, segundo o Sebrae, os 9 milhões de pequenos negócios no país representam 27% do PIB (Produto Interno Bruto), resultado que vem crescendo nos últimos anos.
Na mesma linha, o mercado de benefícios corporativos também está em forte expansão no Brasil e mundo afora. Segundo dados da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o setor tem expectativa de movimentar US$5 bilhões até 2026, o que mostra o foco das empresas em promover o bem-estar dos colaboradores, não mais como algo opcional.
Por outro lado, os colaboradores também estão mais seletivos ao escolher o local de trabalho. Segundo dados da pesquisa divulgada pela empresa global de RH Robert Half, metade dos profissionais desejavam mudar de emprego até o ano passado, sendo que 35% afirmaram que os benefícios mais atrativos estão entre os principais motivos.
Isso mostra a força de que buscar a implementação de benefícios como um investimento em capital humano pode ser uma solução viável para as pequenas empresas que estão à procura de crescimento e consolidação. Ao permitir que os funcionários possam escolher as vantagens que melhor se encaixam em seu estilo de vida nas necessidades pessoais e familiares, essa personalização não só aumenta a satisfação, como contribui para mais engajamento e produtividade, resultando em um ambiente de trabalho mais positivo e com redução dos índices de turnover, sendo mais leais.
A meu ver, apesar das empresas no Brasil enfrentarem desafios significativos, sempre há caminhos para serem explorados. Por exemplo, a adoção de benefícios corporativos acessíveis e flexíveis, em parceria com outras empresas que oferecem soluções pode ser uma estratégia interessante para reduzir custos, além de fortalecer a rede de apoio entre pequenos negócios e melhorar a competitividade com atração e retenção de talentos, proporcionando mais bem-estar e contribuindo para um ecossistema empresarial mais saudável, dinâmico e efetivo. E você, o que tem feito pela sua empresa?
*Charles Schweitzer, é CEO da Tanto, uma plataforma de reembolso imediato que oferece soluções sob medida para empresas e colaboradores, que vão desde reembolsos de produtos de higiene menstrual, suplementos, ração e produtos de higiene para animais de estimação, presentes para datas especiais e ainda contam o produto Exclusivo, onde a empresa pode customizar a solução conforme as suas necessidades.