THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
Antônio Gomes da Silva, que foi flagrado por câmeras de segurança matando o advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá, alega estar sofrendo ameaças de morte dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). Além disso, ele diz que o autor das ameaças teria oferecido dinheiro para seus advogados, para que saíssem do caso.
A informação consta em uma carta escrita por Antônio e apresentada à Justiça.
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O teor do documento ao qual o Repórter MT teve acesso aponta que no dia 27 de setembro Antônio teria sofrido ameaças antes de ser ouvido em juízo, e por temer pelo seu bem estar e de sua família, ele teria deixado de relatar fatos durante audiência. Foi nessa ocasião que ele declarou que só revelaria quem é o mandante do crime diante do júri popular.
Ele ainda salienta que só teve coragem de relatar as ameaças que sofreu após ter trocado de advogados.
Por fim, ele aponta que as ameaças estão sendo feitas porque os mandantes do crime temem que ele revele suas identidades em juízo.
O réu segue preso e o pedido de transferência ainda não foi apreciado pela Justiça.
Andamentos do processo
Após Antônio dizer que iria revelar os nomes dos mandantes do crime, a juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, impôs segredo de Justiça ao processo que investiga o assassinato do advogado Roberto Zampieri.
Em decisão proferida na última quarta-feira (30), o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou que o processo que apura o assassinato do advogado seja enviado para o Supremo.
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Na decisão de Zanin, ele determina “a imediata remessa a este Supremo Tribunal Federal dos autos correlatos, mídias (incluindo-se cópias e espelhamentos), celulares, tablets, dispositivos eletrônicos e outros meios de prova, em trâmite no Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá/MT”.
Celular bomba
A análise do celular do advogado, apreendido após o crime pela polícia, levou ao afastamento de dois desembargadores do TJMT, por suspeita de venda de sentenças em benefício de clientes de Zampieri. Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho estão impedidos de exercer os seus cargos no Judiciário por ordem do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde 1º de agosto.
O telefone de Zampieri também levou ao afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e à suspeita de que decisões de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, também tenham sido vendidas para advogados.
Cccc 04/11/2024
Tdo agora vai para debaixo do tapete.
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