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As denúncias de assédio sexual que envolvem o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, revelam uma realidade preocupante na gestão do presidente Lula. Segundo um levantamento do Estadão, a Controladoria-Geral da União (CGU) registrou um aumento nos processos disciplinares relacionados a "conduta de conotação sexual" nos últimos 20 anos, incluindo casos de assédio.
Em dois anos de mandato, o governo Lula já contabilizou 75 processos disciplinares envolvendo assédio sexual em ministérios, enquanto o total de casos em toda a administração federal chegou a 764.
Especialistas, como Marina Ganzarolli, fundadora do Me Too Brazil, apontam que o aumento nas denúncias reflete uma redução da subnotificação dos casos de assédio, sugerindo uma maior divulgação e estruturação de políticas de acolhimento e denúncia. Apesar disso, as taxas de responsabilização dos acusados ainda são baixas.
Na sexta-feira (6), o ministro Silvio Almeida foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania pelo presidente. Ele foi acusado de ter cometido assédio sexual contra várias mulheres, inclusive a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial).
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