RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Após os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito ‘enterrarem’ o processo que investiga - na Câmara de Cuiabá - a suposta quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que enquanto deputado foi flagardo em vídeo recebendo suposta propina, o presidente da CPI do Paletó, vereador Marcelo Bussiki (PSB), revelou que irá fazer um relatório à parte do que será apresentado pelo relator Adevair Cabral (PSDB).
“O relatório será feito com base na delação do ex-governador Silval Barbosa juntamente com os documentos que ocorreram nas oitivas até esta sexta-feira. (...) Vou fazer um relatório à parte para colocar tudo que foi relatado nas oitivas e apresentar na comissão”.
De acordo com Bussiki, o documento será apresentado por ele mesmo aos membros da CPI e estará baseado na delação do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e outros depoimentos colhidos durante as oitivas, como de Sílvio Correa, responsável por gravar a entrega da suposta propina ao prefeito, Alan Zanatta (ex-secretário de Estado), e do servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“O relatório será feito com base na delação do ex-governador Silval Barbosa juntamente com os documentos que ocorreram nas oitivas até esta sexta-feira. (...) Vou fazer um relatório à parte para colocar tudo que foi relatado nas oitivas e apresentar na comissão”.
“Cuiabá não tem uma resposta, o prefeito também não que dar essa resposta, e quem deveria investigar para trazer isso à tona também não quer”, argumentou.
Para Bussiki, a comissão encerra sem uma resposta ‘clara’ do prefeito Emanuel e o seu relatório vai mostrar que quem deveria investigar não o fez.
“Cuiabá não tem uma resposta, o prefeito também não que dar essa resposta, e quem deveria investigar para trazer isso à tona também não quer”, argumentou.
Após serem analisados pelos membros da CPI, os dois relatórios devem seguir para apreciação do Plenário da Câmara, mesmo com um deles reprovados pela comissão. Ao serem concluídos, os documentos seguem com seus respectivos parecerem para o Ministério Público Estadual (MPE) que podem ou não instaurar inquérito para investigar o prefeito da Capital.
Motivo
A decisão do presidente da CPI do Paletó foi tomada depois que o relator da comissão, Adevair Cabral, e o vereador Mário Nadaf (PV) decidiram aceitar um pedido do presidente da Câmara de Vereadores, Justino Malheiros, para pôr fim à fase de oitivas.
Com isso, a CPI segue para a fase de elaboração do relatório final, mesmo com 71 dias para o fim do prazo dos trabalhos da comissão - e sem ouvir o prefeito Emanuel Pinheiro e seu irmão, Marco Polo Pinheiro, citado pelo próprio prefeito para justificar os maços de dinheiro que ele aparece colocando no paletó.