RAFAEL DE SOUSA
DA REPORTAGEM
Em audiência ao juiz Murilo Mesquita, da 11ª Vara Criminal, a delegada Alana Cardoso afirmou que foi massacrada pela imprensa após a Operação Forti, que foi amplamente divulgada como ilícita.
"Fui crucificada na imprensa, acusada de fatos horríveis", afirmou a delegada.
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Alana foi ouvida no âmbito das investigações que apuram as interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, caso que ficou conhecido nacionalmente como "Grampolândia Pantaneira".
Em 2017, a Corregedoria da Polícia Civil abriu um procedimento para investigar a delegada Alana Cardoso, que foi citada pela juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda como suspeita de participação em sistema conhecido como “barriga de aluguel”, por pedir de forma supostamente irregular a interceptação telefônica de dois alvos durante a Operação Forti, realizada no ano de 2015 pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp).
Segundo informações, os números da Tatiana Sangalli (ex-amante de Paulo Taques) e Caroline Mariano (ex-assessora) foram inseridos no segundo pedido da “Operação Forti”, em fevereiro de 2015, comandada pela Inteligência da Policia Judiciária Civil e que investigava crimes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT).
A Operação Forti foi deflagrada na gestão do secretário de Segurança Mauro Zaque e tinha como alvo crimes cometidos pelo Comando Vermelho.
A delegada confirmou que em março de 2015, durante a Operação Forti, ouviu somente Tatiane Sangali. Os números eram divididos entre ela e o delegado Flávio Stringueta. Após 15 dias de escuta, Alana afirma que não ouviu nada de comprometedor nas ligações de Tatiane e deixou a Operação a cargo do delegado Flávio Stringuetta, pois estava sobrecarregada de trabalho.