DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), se retratou e emitiu nova manifestação explicando que o ex- chefe de gabinete da Prefeitura de Cuiabá, Antônio Monreal Neto, não descumpriu medida cautelar, proveniente da Operação Capistrum.
Nesta quinta-feira (11), um ofício foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que analisa a retirada de tornozeleira eletrônica do advogado, dando conta das novas informações.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Antônio Monreal foi afastado do cargo de chefe de gabinete no dia 19 de outubro, durante a operação deflagrada Ministério Público e a Polícia Judiciária Civil, através do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária).
A Capistrum investiga supostas irregularidades cometidas no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde. Desde então, ele foi proibido pela Justiça de frequentar o Palácio Alencastro.
Leia também
Defesa nega que assessor descumpriu cautelares e pede que desembargador veja câmeras
Luiz Ferreira havia informado ao ministro Ribeiro Dantas, relator de um habeas corpus do advogado que ele havia ido à Prefeitura de Cuiabá.
No entanto, o desembargador disse que houve um "mal-entendido" em relação aos dados do sistema de monitoramento eletrônico.
“Considerando que no documento citado no parágrafo anterior seu signatário trouxe informação diametralmente oposta àquela que foi adiantada à assessoria deste magistrado por servidora da Central de Monitoramento Eletrônico de Pessoas, possivelmente por algum mal-entendido, interpretação equivocada dos dados do sistema de monitoramento ou outra razão desconhecida, solicito a Vossa Excelência o envio destas informações complementares ao ministro relator do Habeas Corpus n. 702.250-MT, com cópia do Ofício n. 981/2021/SAAP/SESP, que segue anexa a este expediente”, diz trecho de documento.
O ex-chefe de gabinete é acusado de embaraçar as investigações do Ministério Público e Polícia Civil sobre o suposto esquema. Ele foi solto no dia 22 mediante cumprimento de cinco medidas cautelares.
Saiba mais
Chefe de gabinete pode ser preso novamente por visitar prefeitura
Justiça nega recurso e mantém chefe de gabinete afastado da prefeitura
Desembargador solta chefe de gabinete da prefeitura, mas impõe medidas restritivas