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Cuiabá, 14 de Março de 2025
14 de Março de 2025

21 de Maio de 2018, 11h:34 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO RÊMORA

Malouf cita Taques e Leitão em delação no STF; advogado nega acordo

No depoimento, o sócio do Buffet Leila Malouf e ex-tesoureiro Alan Malouf teria citado o governador Pedro Taques, o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques e o deputado federal Nilson Leitão.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Informações extraoficiais apontam que o sócio do Buffet Leila Malouf, Alan Malouf, fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) – inclusive, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – no âmbito da Operação Rêmora, que apura uso de caixa dois durante a campanha eleitoral do governador Pedro Taques (PSDB).

De acordo com as denúncias do Ministério Público Estadual (MPE), o empresário, que foi tesoureiro de Taques durante a campanha de 2014, fraudou contratos da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) juntamente com empresários, agentes políticos e servidores com o objetivo de pagar dívidas eleitorais na ordem de R$ 10 milhões.

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A confissão de Alan Malouf, que implica o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques e até o governador, teria sido homologada pelo ministro Roberto Barroso, na última quarta-feira (16), mas segue em segredo de Justiça para novos desmembramentos.  

O empresário teria falado aos procuradores da República do caixa dois, supostamente montado durante a disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, sobre as fraudes em contratos na ordem de R$ 56 milhões da Seduc, além de uma suposta reunião que teve com o ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques e com o governador Pedro Taques para pedir “socorro” e evitar uma prisão após o esquema vir à tona por meio da Operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em 2015. O deputado federal Nilson Leitão também teria sido citado na delação premiada.

Porém, o empresário terminou preso no ano seguinte na terceira fase da Rêmora, denominada de Grão Vizir. Em outubro de 2017, Malouf foi condenado a 11 anos e um mês de prisão em outubro por organização criminosa e corrupção passiva.

Por meio de nota, a defesa de Alan Malouf, patrocinada pelo advogado Huendel Rolim, negou que o empresário tenha feito delação, no entanto, diz que "Alan Malouf reafirma que manterá sua postura quando convocado à Justiça esclarecendo os fatos sem qualquer acordo de colaboração".

Outro lado

O tentou contato com o deputado federal Nilson Leitão, mas nossas ligações não foram atendidas nem retornadas até a publicação desta reportagem. Já o Governo do Estado informou que não irá se posicionar sobre o assunto neste momento.

Veja a nota íntegra

A respeito das notícias de que o STF teria homologado a delação de Malouf, a defesa de Alan Malouf reafirma que manterá sua postura quando convocado a justiça esclarecendo os fatos sem qualquer acordo de colaboração.

Importante destacar que aguardamos o julgamento do recurso de apelação perante o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, onde ficou provado que o Juízo da Sétima Vara da Capital usurpou competência da Suprema Corte.

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