APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O Ministério Público Eleitoral pediu que seja estudada a cassação do registro da chapa do prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes, e do seu vice, Acácio Ambrosini, pela suposta prática do crime de abuso do poder econômico por conta do recebimento de “caixa dois” oriundo de doações de empresários e da extrapolação do limite de gastos para a campanha de prefeito na cidade. Em consequência, foi solicitada a realização de uma nova eleição na cidade para os cargos de prefeito e vice.
Também foi solicitado ao juízo que os dois sejam tornados inelegíveis pelo período de oito anos contados a partir da data da eleição.
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O pedido vem após a deflagração de uma operação da Polícia Federal, ocorrida nessa quarta-feira (04), contra o empresário Nei Francio, que chegou a ser preso em outubro com R$ 300 mil em espécie que seriam usados para compra de votos em favor da chapa de Alei Fernandes e Acácio Ambrosini.
Conforme a manifestação do MP, a intenção criminosa foi comprovada após a quebra do sigilo de dados do telefone de Nei, onde foram encontrados diálogos que confirmaram a existência de um esquema de caixa dois para favorecer a campanha que saiu vitoriosa.
“Ao analisar as conversas mantidas pelo Sr. Nei por meio do aplicativo whatsapp, a Autoridade Policial flagrou inúmeros diálogos que permitem divisar a possível existência de um esquema de caixa 2 utilizado para abastecer a campanha eleitoral dos requeridos Alei e Acácio, assim como a ocorrência de doações em dinheiro efetuadas por pessoas jurídicas para financiar a campanha (fonte vedada)”, diz o documento.
Entre os pedidos do Ministério Público, contam a solicitação de que o prefeito eleito e seu vice prestem depoimento à autoridade policial.
Caixa dois
A Polícia Federal deflagrou na quarta-feira (4), em Cuiabá e Sorriso, a Operação Rustius, com o objetivo de investigar a arrecadação de verbas irregulares na campanha eleitoral do então candidato Alei Fernandes (União), nas eleições municipais de Sorriso. Alei foi eleito 51,3% dos votos.
Policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão, além de uma medida cautelar pessoal, que inclui a entrega do passaporte do investigado, a proibição de sair da cidade e o impedimento de contato com outros envolvidos na investigação.
Até o momento, conforme a assessoria da PF, foram apreendidos R$ 115 mil durante o cumprimento das ordens judiciais.
As ordens foram emitidas pelo Juiz Eleitoral de Garantias do Núcleo I – TRE/MT e visam coletar evidências adicionais para elucidar os fatos.
A investigação apura a prática do crime de “Caixa 2” de campanha eleitoral, dentre outros relacionados, diante da apreensão de R$ 300 mil em espécie dias antes das eleições municipais. O valor foi encontrado com um dos principais apoiadores da campanha eleitoral de Alei.
Em outubro, o noticiou a prisão do empresário Nei Francio pela Polícia Rodoviária Federal após ele ser encontrado com R$ 300 mil em espécie, dentro de uma mala. No carro em que o empresário estava, havia propagandas do candidato a prefeito de Sorriso.
Vilmar@2024 07/12/2024
Como que vão querer administrar um município tão pujante e próspero se na campanha já começou fazendo coisas erradas. Sujeira das grandes
1 comentários