MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
As investigações da Operação Déjà Vu, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) indicam que quatro empresas teriam sido usadas para emitir notas frias, entre os anos de 202 e 2015 para justificar o uso de verbas indenizatórias de deputados estaduais.
O Ministério Público afirma que mais de R$ 500 mil teriam sido desviados da Assembleia por meio de pagamentos por serviços que nunca foram prestados.
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As notas frias teriam sido emitidas pelas empresas G B de Oliveira Comércio ME, H C da Costa Campos e Cia Ltda ME, V P S Comércio ME e V H Alves Comércio ME, coordenadas pelo empresário e contador Hilton Carlos da Costa Campos. Além dele, Victor Hugo Alves,Vinicius Prado Silveira e Gabriela Brito de Oliveira Silveira também confirmaram ao Gaeco a emissão de notas por serviços fictícios de papelaria e informática.
No pedido de cumprimento de mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, que ocorreram na quinta-feira (2), o Ministério Público alegou dificuldades impostas para o acesso aos documentos necessários para a investigações.
“Chega a causar assombro a renitência na apresentação de documentos que, em verdade, serviram de esteio para o aparente desvio de mais de meio milhão de reais!”, diz o documento. “Nesse ponto, não se pode apenas lamentar, é preciso agir”, completa.
O MPE investiga a possível ocorrência dos crimes de peculato, organização criminosa e supressão de documentos por partes dos deputados e ex-deputados.
A busca e apreensão foi autorizada pelo desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Foram vasculhados a Secretaria Geral, a Secretaria de Planejamento Orçamento e Finanças, o Instituto Memória, além de outras salas da Assembleia que guardam documentos.
O desembargador afirmou que os depoimentos dos servidores Ricardo Adriane de Oliveira, Camilo Rosa, Evaldo Espírito Santo, Almir Teixeira Lopes e Joel Evangelista “mostram claramente que , ao contrário do que fora informado pela Presidência, pelos chefes da gabinete dos senhores deputados investigados, e pela defesa por eles apresentada, a documentação que fora requestada pelo Ministério Público ,tão necessária à instrução do inquérito, existia, sim, na época das requisições tendo sido localizada, identificada e manuseada, não tendo sido encaminhada ao MP por razões ainda obscuras, quiçá possivelmente ilícita”.
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Empresário 'entregou' esquema de notas frias por serviços fictícios
MARIA TAQUARA 04/08/2018
O que é claro... com prestação de conta ou sem, é que o dinheiro não é destinado ao fim legal que ele tem! Tem que ter prestação de contas sim... isso se chama TRANSPARÊNCIA
Rosino(chirrão) 03/08/2018
TEM QUE VOLTAR SER OBRIGATÓRIO A PRESTAÇÃO DAS CONTAS DA VERBA INDENIZATÓRIA...
ana 03/08/2018
Antes as notas eram frias e agora não precisa mais justificar pra receber a verba, entra direto na conta do deputado. Não sei o que é pior
joana 03/08/2018
Precisa divulgar o nome fantasia destas empresas pra ninguem mais comprara lá
4 comentários