RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
A juíza aposentada e pré-candidata ao Senado pelo PSL, Selma Arruda, negou qualquer possibilidade de subir no palanque do senador Wellington Fagundes (PR), pré-candidato ao Governo. O problema estaria no arco de alianças que tem o MDB e partidos de esquerda, com nomes marcados por atos de corrupção.
“Eu não posso vender minha alma, pois entraria no sistema já me sentindo magoada. Não vou manter minha candidatura em uma coligação na qual eu não me sinta à vontade”, disse em entrevista à rádio Capital FM nesta quinta-feira (5).
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A declaração da juíza indica que ela pode desistir da candidatura ao Senado para evitar incoerências, já que tem como principal bandeira o combate à corrupção. Se ocorrer, ela pode passar a ser pré-candidata a deputada estadual ou federal.
“Eu não posso vender minha alma, pois entraria no sistema já me sentindo magoada. Não vou manter minha candidatura em uma coligação na qual eu não me sinta à vontade”, disse a juíza.
Nacionalmente, o PSL articula com o PR para que componha a chapa do pré-candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. A intenção é ter o senador Magno Malta como vice. Esta aliança, parece, que não será feita em Mato Grosso.
Na quarta-feira (4), Selma e o presidente estadual do PSL, deputado Victorio Galli, estiveram no gabinete de Fagundes, em Brasília, para discutir conjuntura política e possível formação de aliança para disputar as eleições.
“O senador Wellington Fagundes argumentou que o MDB é um partido muito grande, que tem todos os tipos de visões e todos os tipos de pessoas, que é partido antigo, mas não me sentiria à vontade de coligar com o MDB".
Apesar do senador ter demostrado a vontade de ter o PSL em sua chapa e mostrar a importância do MDB no grupo, a juíza aposentada argumentou que não sentiria à vontade em estar no partido em que o ex-governador Silval Barbosa fez parte. Em dezembro, Selma condenou o ex-governador a 13 anos e 7 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Selma mantém sua posição desde que deixou a magistratura para ingressar na política, que não iria fazer alianças com políticos condenados ou com partidos de esquerda.
“O senador Wellington Fagundes argumentou que o MDB é um partido muito grande, que tem todos os tipos de visões e todos os tipos de pessoas, que é partido antigo, mas não me sentiria à vontade de coligar com o MDB. Estive com o Bolsonaro, e ele não impôs nenhuma imposição sobre alianças, exceto com os partidos de esquerda”, ponderou.
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