CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O analista político João Edisom de Souza, professor da Universidade Federal de Mato Grosso, discorda da estratégia de (não) comunicação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em relação às decisões judiciais que determinaram seu afastamento do cargo.
Conforme o tem noticiado, Emanuel foi alvo da Operação Capistrum no dia 19 de outubro, quando houve a primeira decisão de seu afastamento da Prefeitura de Cuiabá. No dia 28, ele teve novo afastamento determinado, pelo prazo de 90 dias, em sede de ação civil pública por improbidade administrativa.
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Para o analista político, Emanuel poderia gerir a crise criada com seu afastamento se fizesse um pronunciamento sobre o caso.
“Eu discordo dos métodos de comunicação que o Emanuel tem estabelecido nas crises. Talvez pelo fato de ser advogado, ele segue a cartilha do Direito, onde o processo fala por si. Isso, do ponto de vista processual, funciona bem. Do ponto de vista político, é a pior maneira que você tem para lidar com as crises. A crise da qual você não fala, todos falam por você e falam mal. E ele não é um cidadão comum, ele é um cidadão político e prefeito da Capital do Estado”, avaliou o especialista, que também atua com gestão de crise.
Saiba mais - Justiça nega segundo recurso e mantém Emanuel afastado da Prefeitura
João Edisom pontuou que o “silêncio” é uma estratégia recorrente de Emanuel, relembrando o “caso do paletó”, episódio que se refere a imagem do gestor colocando maços de dinheiro no terno quando era deputado estadual. O vídeo, viralizado em 2017, faz parte da delação do ex-governador Silval Barbosa, que acusou Emanuel de recebimento de propina.
Contudo, em sua visão, o fato de ter esperado muitos anos para comentar o assunto, o que foi feito apenas na campanha eleitoral de 2020, resultou em um conjunto de dificuldades que poderiam ter sido dirimidas ao longo desse tempo, caso Emanuel tivesse se pronunciado antes.
“Pegando lá desde o caso que surgiu em relação ao paletó, o Emanuel não lida bem com essas coisas. Ele vem explicar sobre isso só na campanha política. Então, eu vejo que a vida política dele seria um pouco mais tranquila, até porque ele é uma pessoa de boa argumentação e de muito boa relação com a imprensa”, ponderou o analista.
“Em uma avaliação minha, isso prejudica muito a carreira política dele, esse silêncio. Ele termina tendo muitos obstáculos lá na frente. Se você considerar a gestão que ele fez no primeiro mandato, a reeleição dele era para ser bem mais tranquila se ele tivesse equacionado isso lá atrás”, completou.
Desde o dia da operação, Emanuel não foi visto ou atendeu a imprensa. No dia em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sua casa, a assessoria de comunicação chegou a afirmar que ele faria uma coletiva de imprensa. Contudo, o encontro nunca aconteceu.
A defesa de Emanuel, porém, feita pelo advogado Francisco Faiad, tem mantido contato com a imprensa, mas limitando informações a respeito dos recursos judiciais. Emanuel, até o momento, já recorreu duas vezes, mas não obteve sucesso. O advogado espera agora a análise de um dos recursos na Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça.
Renata 15/11/2021
Quem fala de mais, acaba enforcado, ele não é doido pra juntar provas contra si, até mesmo porque do que está sendo acusado só a justiça p pode condenar, se ele cair cai todos os vereadores, que fizeram as indicações, lembrando a secretaria de saúde, não depende diretamente do prefeito para contratar servidores temporários, nem a.secretaria de educação
Renato 15/11/2021
Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
Renato 14/11/2021
Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
Afonsão 13/11/2021
EP se calou no episódio do paletó e agora faz o mesmo.Não tem o que dizer então se esconde atrás do silencio.Tem que ser cassado para o bem de MT.Onde foi parar toda aquela arrogância e soberba?!!!
4 comentários