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Cuiabá, 19 de Setembro de 2024
19 de Setembro de 2024

19 de Setembro de 2024, 12h:20 - A | A

POLÍCIA / CASO ZAMPIERI

Advogados alegam incompatibilidade e deixam defesa de acusados de matar advogado

Novos advogados contratados pelos réus são de Minas Gerais, estado onde eles viviam antes da prisão.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



Os advogados Neyman Augusto Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza anunciaram, nesta quinta-feira (19), que deixaram a defesa de Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Barbosa, acusados pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023, na Capital.

Em nota enviada à imprensa, os advogados disseram que a decisão foi tomada por “incompatibilidade de estratégias de defesa”.

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Antônio confessou ser o assassino de Zampieri durante audiência realizada em julho, mas negou a participação dos outros acusados. Afirmou, ainda, que apenas revelaria o nome de quem o contratou para cometer o crime no Tribunal do Júri, por temer pela sua vida.

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Hedilerson, por sua vez, alega que ficou sabendo apenas depois do exame de balística que a arma dele foi usada no assassinato, e nega ter vindo a Cuiabá apenas para trazer a arma para a execução. Ele diz que o motivo da passagem pela capital foi para participar de um torneio de tiro.

No sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe), que permite o acompanhamento de processos judiciais, é possível verificar que o advogado Felipe André Laranjo, com inscrição na OAB de Minas Gerais, foi habilitado como novo representante de Antônio. Já Hedilerson aparece como sendo representado por Patrick Igor Lopes Alves, também com inscrição na OAB mineira.

O caso

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

O assassino foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Respondem pelo crime o executor, Antônio Gomes da Silva; Hedilerson Fialho Martins Barbosa, instrutor de tiro, apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo; o coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de ser o financiador do crime; além do suposto mandante, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo.

Veja abaixo a nota na íntegra:

 NOTA À IMPRENSA

Informamos que não mais patrocinamos a defesa técnica dos acusados Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Barbosa por motivos de incompatibilidade de estratégias de defesa. Destacamos que durante nossa atuação no caso ZAMPIERI tivemos a grata satisfação de atuar com os ilustres Juízes Dr. Jorge Alexandre Martins Ferreira e com a Dra. Ana Paula Gomes Freitas, bem como com o ilustre e aguerrido Promotor de Justiça Dr. Jorge Damante, profissionais de excelência que merecem todas as nossas homenagens.

Estendemos nossas homenagens à Imprensa de Cuiabá que cobriu o caso de forma extremamente profissional, e da mesma forma, merece nossos aplausos. No mais desejamos sucesso a todos os atores deste processo.

Cuiabá, 18 de setembro de 2024.

Neyman Augusto Monteiro
OAB/AC 3.878

Nilton Ribeiro de Souza
OAB/PR 31.232

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