APARECIDO CARMO, THIAGO STOFEL
DO REPÓRTERMT
A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (30), seis alvos que integraram a alta gestão da Unimed Cuiabá, a mais tradicional empresa de planos de saúde do estado, por conta de um suposto esquema que teria maquiado os balanços financeiros da empresa para esconder um rombo de R$ 400 milhões. Entre os presos, estão o ex-presidente, o ex-CEO e uma ex-diretora.
Todos eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e, após o recebimento pela Justiça Federal, se tornaram réus por fraudes contábeis e sete crimes de falsidade ideológica.
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Veja os nomes dos réus:
- Rubens Carlos de Oliveira Júnior, ex-presidente do Conselho de Administração
- Eroaldo Olivera, ex-CEO
- Suzana Palma, ex-diretora financeira
- Jaqueline Larrea, ex-assessora jurídica
- Ana Paula Parizotto, ex-superindente financeira
- Tatiana Bassan, ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas
Conforme o MPF, a operação é resultado de um acordo de leniência firmado com a Unimed, que previu que a empresa não seria processada em troca das informações sobre os investigados e do pagamento de uma multa de mais de R$ 400 mil.
Segundo a investigação, Rubens e sua diretoria apresentaram um balanço financeiro aos médicos que são cooperados à Unimed Cuiabá informando um saldo positivo, mas após a derrota de Rubens na eleição pela presidência da empresa, descobriu-se que as contas da cooperativa vinham sendo maquiadas para enganar os sócios.
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O MPF disse, por meio de nota, que as investigações prosseguem e que mais ex-funcionários podem ser presos em novas fases da operação.
“A Operação Bilanz continua em andamento, com expectativa de novos desdobramentos, incluindo possíveis denúncias contra ex-diretores e funcionários envolvidos nas fraudes contábeis e desvios patrimoniais”, diz uma nota publicada mais cedo sobre o acordo de leniência.