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Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

26 de Setembro de 2016, 07h:58 - A | A

POLÍCIA / SODOMA 4

Arnaldo Alves, Piran e Chico Lima são presos por desvio de R$ 31 milhões

A Operação também cumpriu novos mandados de prisão contra Silval, Cursi e Sílvio César Corrêa.

DA REDAÇAO



A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração (Defaz) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (26) a quarta fase da Operação Sodoma, que investiga esquema de corrupção em várias secretarias durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que recebeu novo mandado de prisão contra ele. Ainda presos, o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi e o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Corrêa, tiveram novos mandados de prisão cumpridos contra eles. Os novos alvos da operação foram Valdir Piran, dono da factoring Piran Participações Investimentos, que foi preso em Brasília, onde também foi detido o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves, e o ex-procurador do Estado, Chico Lima, que foi preso no Rio Janeiro. Ambos devem ser transferidos para Cuiabá ainda nesta segunda.

O foco da Operação Sodoma é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

Para prestarem interrogatórios foram conduzidos coercitivamente Valdir Piran Junior, Eronir Alexandre, Marcelo Malouf, José Mikael Malouf, Willian Soares Teixeira, além do cumprimento de buscas e apreensão em residências e empresas dos investigados.

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SODOMA 4

O foco da Operação Sodoma  é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três  desapropriações milionárias  pagas pelo governo Silval Barbosa  durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel De Cursi, Arnadldo Alves de Souza Neto , Afonso Dalberto e o procurador aposentado Chico Lima.

As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa.

Ficou  comprovado na investigação que participaram dessa fraude além de Silval Barbosa,  as pessoas de Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do INTERMAT), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso Filinto Muller e Valdir Piran.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação,  o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram  via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)  pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel De Cursi (ex-secretário de Fazenda), Arnaldo Alves de Souza Neto (ex-secretário de Planejamento), Afonso Dalberto e o procurador aposentado Chico Lima.

Além de diversas colaborações premiadas, confissões e análise documental ocorridas durante a investigação, que auxiliaram desvendar todo o ‘modus operandi’  do esquema milionário de desvio de dinheiro público, a prova material obtida através dos afastamentos de sigilos bancários e fiscal corroboraram a participação de todos os envolvidos, não deixando quaisquer dúvidas quanto às suas respectivas atuações em mais esse enorme esquema criminoso que sangrou os cofres públicos do Estado de Mato Grosso.

Assim, com base em todas as provas produzidas, a Policia Civil representou por prisões preventivas, buscas e apreensões, conduções coercitivas e ainda bloqueios judiciais de contas bancárias, nos quais foram cumpridas em Cuiabá e nas cidades de Brasília e Rio de Janeiro.

Toda a operação conta com suporte da Secretaria de Estado de Segurança  (Sesp) de Mato Grosso e da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Para a operação foram mobilizados 80 policiais civis (delegados, investigadores e escrivães).

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Lidiane 27/09/2016

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