APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Além dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, foram alvo da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (26), advogados e servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
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A esposa de Andrerson de Oliveira Gonçalves, único alvo preso, também foi alvo de ordem judicial, assim como o filho do desembargador Sebastião de Moraes, Mauro Thadeu Prado de Moraes.
Ao todo, foram cumpridas 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, além de medidas cautelares como instalação de monitoramento eletrônico, afastamento das funções públicas de servidores e membros do Poder Judiciário, sequestro, arresto e indisponibilidade de bens e valores dos investigados.
Veja a relação:
- João Ferreira Filho, desembargador do TJMT (afastado do cargo em agosto)
- Sebastião de Moraes Filho, desembargador do TJMT (afastado do cargo em agosto)
- Flaviano Kleber Taques Figueiredo, advogado
- Andrerson de Oliveira Gonçalves, lobista (único preso)
- Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho de Sebastião de Moraes Filho
- Rodrigo Vechiato da Silveira, ex-assessor de Sebastião de Moraes Filho
- Miriam Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves, esposa suposta "testa de ferro" de Andrerson de Oliveira Gonçalves
- Valdoir Slapak
- Haroldo Augusto Filho
- Victor Ramos de Castro
- Mauro Thadeu Prado de Moraes
- Rafael Macedo Martins, servidor do Tribunal de Justiça
- Roberto Zampieri (falecido, teve o mandado cumprido em seu escritório)
Também foram alvos da operação funcionários do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
- Daimler Alberto de Campos, servidor no gabinete da ministr Isabel Gallotti (STJ)
- Márcio José Toledo Pinto, servidor do STJ que já atuou nos gabinetes de Isabel Gallotti e Nancy Andrigui
- Rodrigo Falcão de Oliveira Andrade, chefe de gabinete do ministro Og Fernandes (STJ)
Conforme a investigação da Polícia Federal, os alvos integram um grupo que supostamente comercializava decisões judiciais no âmbito do TJMT e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assim como informações sigilosas, inclusive sobre operações policiais.
O caso tramita em segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin.