JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Assassinado há pouco mais de um ano, a morte do major da Polícia Militar, Claudemir Gasparetto, continua um mistério.
Porém, a delegada Sílivia Pauluzzi, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, afirmou que ouviu, nos últimos dias, um assaltante identificado apenas como ‘Bismarque’.
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Segundo ela, o bandido foi apontado como suspeito de ter participado do assassinato e estava foragido desde a época do crime, mas foi preso nas últimas semanas, em uma tentativa de roubo, na Grande Cuiabá.
Pauluzzi afirmou que as investigações apontaram ‘Bismarque’ como suspeito, diante da hipótese de que ele teria roubado o veículo Ford Ecosport, usado pelos criminosos para cometerem o crime.O major foi morto a tiros dentro do próprio carro, sendo surpreendido na frente de casa, no bairro Planalto Ipiranga, em Várzea Grande.
“Outra suspeita que ‘aponta’ para o assaltante é porque Ecosport foi encontrado em uma região de mata, localizado no bairro São Simão, em Várzea Grande, local onde o bandido residia. Porém, no depoimento, ele negou todas as acusações”, destacou.
Segundo a delegada, as investigações não tem data para serem finalizadas. No entanto, Pauluzzi destacou que as diligênicas estão limitadas, por falta de provas.
“Fizemos a perícia no carro usado pelos bandidos para cometerem o crime e não encontramos sequer uma impressão digital. Também, analisamos as imagens do circuito externo de segurança das casas, na rua onde ocorreu o crime, mas não foi possível identificar os bandidos”, destacou.
Gasparetto trabalhou no Palácio Paiaguás, onde era integrante da equipe de seguranças do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR).
POSSÍVEL VINGANÇA
Reprodução
Ecosport de bandidos bateram no VW Voyage do major. Em seguida, a vítima foi morta com vários tiros.
Na época, o então delegado chefe da DHPP, Silas Tadeu, disse que interrogou dois detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE). Eles eram suspeitos de terem sido o mandante do crime, como forma de vingar a morte do comparsa Djon Robert Luna Carvalho, que foi morto por Gasparetto, em fevereiro de 2011.
Os bandidos invadiram a casa do policial para roubar, mas o major reagiu à ação e baleou os três. Dois conseguiram fugir, mas foram presos horas depois.
SUSPEITO MORTO E CHACINA NO SÃO MATEUS
Um dia após, o crime o corpo de um homem identificado apenas como Douglas foi encontrado no bairro periférico da Manga, em Várzea Grande. O rosto dele estava desfigurado.
A DHPP não soube explicar o crime. No entanto, negou que ‘Douglas’ tivesse envolvimento com a execução do major.
Já quatro dias depois, cinco pessoas foram executadas em um bar, no bairro São Mateus, também na cidade. Três mortos tinham antecedentes criminais.
A DHPP não descartou que a chacina tenha sido cometida por um grupo de extermínio, formada por policiais militares. Uma das suspeitas os assassinatos tiveram sido cometidos para vingar a morte de Gasparetto.
Na ocasião, testemunhas disseram que dois carros pararam na frente do bar e homens encapuzados, calçados com coturnos, invadiram o local com armas de grosso calibre, como escopetas calibre 12. Em seguida, teriam mandado todos se virarem contra parede e atirado contra eles.
Morreram Anderson Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso e Sebastião Carlos Pinho. Já Márcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa, também foram baleados, mas sobreviveram.
Reprodução
Bar onde chacina ocorreu, no bairro São Mateus, em Várzea Grande.
Paulo Roberto 01/03/2015
Observando o modus operandi deste crime: Não deixaram impressões digitais no veiculo(nem queimaram)e não deram chance de reação para um bem treinado oficial. Podemos concluir que este crime foi praticado por profissionais, sabiam muito bem o que estava fazendo. Como diz o ditado popular: "Delegada, ai o buraco é mais em cima".
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