APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
Dois dos trabalhadores que viviam em um alojamento em Campo Novo do Parecis (390 km de Cuiabá) e que foram testemunhas de uma chacina no último dia 15 de novembro (quarta), foram “salvos” por serem evangélicos. Segundo o delegado Alexandre Segretto, faccionados são orientados a não matar pessoas que frequentam igrejas.
“Eles falam que não fazem a execução de evangélicos, de crentes. A facção criminosa não permite”, disse o delegado em conversa com o RepórterMT.
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No quarta-feira, seis criminosos encapuzados torturaram os sete trabalhadores que estavam no alojamento e mataram quatro deles. As vítimas foram identificadas como: Rafael Santos Lessa, de 31 anos; João Paulo Campos Serra, de 33 anos; Franklyn Eduardo Albuquerque Oliveira, de 21 anos; e Daniel Budoia, de 34 anos.
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Além dos dois homens poupados por serem religiosos, uma vítima conseguiu escapar por se fingir de morto. Ele conseguiu pedir ajuda para a Polícia Militar, que identificou os criminosos. Cinco dos seis autores da chacina já estão presos e um está foragido.
Conforme o delegado, a polícia tenta agora chegar nos mandantes do crime. Para isso, será solicitada a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos.
“Os mandantes do crime a gente vai descobrir agora no bojo do inquérito policial. A gente vai pedir a quebra de sigilo telefônico e essas coisas todas para chegar no mandante”, disse.
Ainda segundo o delegado, o inquérito policial tem o prazo de dez dias para ser concluído, mas não está descartada a instauração de um inquérito complementar para que as diligências sejam continuadas na busca de novos envolvidos no crime.
