DA REDAÇÃO
O delegado da Polícia Civil Antônio Esperandio concluiu nesta sexta-feira (05) o inquérito sobre a morte do operário Muhammad'Ali Alerrandro Paolo Nicholas Poseidon Maciel Afonso. Segundo o inquérito, de acordo com a assessoria da Polícia Civil, a conclusão das investigações responsabilizam a empresa Etel Engenharia Montagens e Automação Ltda pela morte do operário. O inquérito foi protocolado na Justiça e no Fórum da capital. O incidente aconteceu há três meses.
O resultado da investigação apontou que houve falhas no protocolo de segurança e, por este motivo, o delegado responsabilizou a empresa pela morte do funcionário. Ainda segundo o inquérito a empresa não seguiu as recomendações da Norma Reguladora 10, que estabelece condições mínimas para segurança dos empregados que trabalham em instalações e serviços de eletricidade.
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O laudo técnico realizado pela Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso apontou ao menos 50 irregularidades (autos de infração) no local de trabalho, cometidos pela empresa.
No mês passado, ao RepórterMT, a defesa da família da vítima, realizada pelo advogado João Carlos Polisel, afirmou que vítima trabalhava em uma montagem de eletrocalhas, além da instalação de cabos elétricos , quando foi eletrocutado por cerca de 30 segundos, sendo atingido por uma voltagem de 210 volts.
Outra medida de segurança infringida pela empresa, que o laudo apontou, foi a falha na fiscalização no equipamento de proteção individual que Muhammad’Ali estava usando, no momento do incidente. “Ele (trabalhador) foi encontrado com luvas de couro para não se cortar, óculos, lanterna, no entanto, o equipamento específico para a ção estava realizando, como luvas emborrachadas, não estava usando”, explicou o advogado.
Manaína 09/09/2014
Enquanto houver descaso nas questões relacionadas a Segurança do Trabalho, acidentes ocorrerão cada vez mais. É preciso investir mais na segurança dos nossos trabalhadores e deixar a "economia" de gastos em detrimento da vida humana. A morte desse trabalhador é mais um legado da Copa pra Cuiabá juntamente com outras obras inacabadas e mal executadas. Até quando as Autoridades serão "coniventes" com empresas que buscam lucros em detrimento do trabalhador e da sociedade? É preciso rigor tanto das Autoridades que contrataram serviços como também dos Órgãos Fiscalizadores, de modo a coibir irregularidade graves como foi nesse caso. Os Poderes, em especial o Judiciário, devem ser rigorosos cada vez mais, aplicando condenações severas e não ceder a pressões a argumentos frágeis e inúteis que tentar minimizar condenações. Países de primeiro mundo investem na educação e também nas fiscalizações, punindo com extremo rigor quem descumpre leis. Atitudes assim inibem que outros pratiquem irregularidades por entender que "vale a pena correr o risco, pois afinal, os ganhos superam os prejuízos".
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