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Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

26 de Janeiro de 2023, 17h:51 - A | A

POLÍCIA / FORAM DEGOLADOS

Filha de líder do Comando Vermelho atraiu maranhenses para a morte em Cuiabá

Erickelly Albernaz é filha do ex-traficante “Maninho”, que liderava o tráfico de drogas na região do bairro Pedregal, em Cuiabá, Ele morreu em 2015.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT



Erickelly Albernaz, 21 anos, foi presa pela Polícia Civil por envolvimento no sequestro e homicídio de quatro homens que vieram do Maranhão para Cuiabá para trabalhar, em 2021. Ela é filha do ex-traficante “Maninho”, que liderava o tráfico de drogas na região do bairro Pedregal, em Cuiabá. Ele morreu em 2015.

Além dela, outros seis criminosos foram pegos na Operção Kalýpto, por envolvimento no crime, e tiveram as prisões mantidas pela Justiça. Dois bandidos estão foragidos.

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A Operação Kalýpto apura as mortes de Tiago Araújo, 32, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 , Geraldo Rodrigues da Silva, 20 e Clemilton Barros Paixão, 20 anos. As execuções foram decretadas pelo Comando Vermelh, por acharem que eles eram de uma facção rival. A Polícia Civil nega que eles tivessem ligação com organização criminosa.

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De acordo com o delegado Caio Fernando Albuquerque, as investigações apontaram que Erickelly morava em uma quitinete ao lado de Tiago e Paulo, ou seja, eram "vizinhos de parede'.

No dia das execuções, a mulher chamou Tiago e Paulo para que a ajudassem a trocar uma lâmpada na quitinete dela. Os rapazes a auxiliaram, enquanto os outros dois, Clemilton e Geraldo, estavam nas proximidades.

Nesse ínterim, entra no prédio das quitinetes o grupo criminoso, que pega todas as vítimas e as levam ao local onde foram torturadas e depois executadas.

Erickelly negou em depoimento diversas vezes que conhecia as vítimas e desse que não tinha conhecimento sobre o paradeiro dos quatro rapazes.

“Ela foi ouvida em três ocasiões diferentes na DHPP e em todas alegou que não conhecia as vítimas, que não morava mais no conjunto de quitinetes, enquanto que a investigação apurou que ela conhecia sim, todas as vítimas, inclusive atraiu os rapazes ao local, de onde depois foram sequestrados e mortos pelo grupo criminoso”, explicou o delegado.

O delegado responsável pelo inquérito, Caio Fernando Albuquerque, destaca que a todos os elementos investigativos reunidos apontaram que a jovem presa teve contribuição no desaparecimento das vítimas.

Nos depoimentos no curso da investigação, a jovem, porém, alegou que conhecia apenas duas vítimas, de vista, e as outras afirmou que nunca as tinha visto no bairro ou nas quitinetes, além de não ‘ter a mínima ideia’ de quem teria envolvimento nos desaparecimentos. Ela reiterou ainda que não conhecia nenhum dos criminosos investigados e que teria se mudado do local um mês antes dos desaparecimentos das vítimas.

Ouvida no inquérito policial, a mãe da presa, que é proprietária das quitinetes, também seguiu a mesma ordem dos criminosos e alegou que não tinha conhecimento do que ocorrera com as vítimas. Ela ainda tentou alegar que a filha desconhecia os fatos ocorridos.

Geraldo e Paulo trabalhavam como serventes de pedreiro; Tiago em uma empresa de asfalto e Clemilton era mecânico de motos. Além de condenar as quatro vítimas a um tribunal da facção, os integrantes da organização criminosa também coagiram familiares das vítimas, que foram obrigados a ir embora de Cuiabá porque receberam ameaças de morte.

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