RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Francinilda da Silva, filha do verdureiro Francisco Lucio Maia, 48 anos, afirmou que irá processar o casal de médicos que atropelou e matou o pai dela na noite do último sábado (14), na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.
Francisco tentava subir seu carrinho de verduras no canteiro central da via, quando foi atingido por um Jeep Compass em alta velocidade, dirigido pela médica Letícia Bortolini. No carro também estava o marido dela e também médico Aritony de Alencar Menezes. Ambos fugiram sem prestar socorro.
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“Pretendemos processar o casal de todas as formas possíveis. Tudo que eu puder arrancar dessa mulher eu vou tentar. Ainda assim, isso infelizmente não vai trazer meu pai de volta. Mas eu queria pelo menos que a Justiça seja feita de alguma forma”, disse a filha, ao .
Reprodução

A médica Leticia Bortolini fugiu sem prestar socorro.
Letícia foi seguida por uma testemunha e presa logo depois, no bairro Jardim Itália. A médica chegou a ter a prisão preventiva decretada em audiência de custódia no domingo (15), porém, a defesa entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça. Ela foi liberada da cadeia por decisão do desembargador Orlando Perri, na segunda-feira (16), que acatou a justificativa de que ela tem um filho de um ano e seis meses para cuidar.
Conforme a família, eles estavam voltando do enterro do verdureiro quando receberam a notícia de que a médica seria solta da cadeia.
“Pretendemos processar os médicos de todas as formas possíveis. Tudo que eu puder arrancar dessa mulher eu vou tentar. Ainda assim, isso infelizmente não vai trazer meu pai de volta”, disse a filha.
“Eu tenho certeza que essa mulher está levando a vida dela normalmente. Dirigindo seu carro e indo para os barzinhos. Eles estão com a vida normal e nós? Não teremos nosso pai de volta. Vai chegar o dia dos pais, o nosso sonho de entrar na faculdade com ele, de casar entrando na igreja com ele. Tudo isso foi tirado por uma pessoa que bebeu, fez isso e vai fazer novamente porque não vai ter penalidade”, lamenta Francinilna.
Ao ser ouvido pelo delegado Christian Cabral, Aritony afirmou que estava dormindo no carro no momento do acidente e só percebeu que a esposa havia cometido um crime após a chegada da polícia na casa onde estavam. A médica se reservou ao direito de permanecer em silêncio.
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