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Cuiabá, 12 de Março de 2025
12 de Março de 2025

11 de Março de 2025, 11h:30 - A | A

POLÍCIA / VOTOS POR ÁGUA

Vereadores alvos de operação da PF vão para sessão e falam em perseguição

Vereadores são acusados de fornecer água para eleitores em troca de votos na eleição de 2024.

APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



Os vereadores Adilson Luiz Mayer de Arruda (Republicanos), conhecido como Adilsinho, e Kleberton Feitoza Eustaquio (PSB), chamado de Feitoza, compareceram normalmente à sessão desta terça-feira (11) da Câmara Municipal após serem alvos da Polícia Federal nesta manhã.

Eles são acusados de comprar votos na eleição do ano passado mediante o fornecimento de água, óleo diesel, dinheiro e outros benefícios, conforme material da Polícia Federal distribuído para a imprensa.

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Em conversa com jornalistas, os dois parlamentares negaram as acusações e disseram não ter conhecimento do que trata o processo, que se encontra em segredo de Justiça.

Kleberton Feitoza Eustaquio disse à imprensa que acredita ser alvo de perseguição.

“Eu sou um político, eu estou denunciando muita gente, muitos esquemas, muitas maracutaias em Várzea Grande. É natural que eu seja perseguido, atacado. É natural”, disse sem citar nomes.

Ele disse que foi à sede da PF porque quis e que não teve o aparelho celular apreendido.

Já Adilson Luiz Mayer de Arruda disse que não comprovou votos e que não tinha poder sobre as ações e o dinheiro dos eleitores que o apoiavam.

“A gente não sabe do que se trata ainda. Não houve compra de voto, mas eu não sei do que se trata o processo”, disse. “Eu não tenho poder sobre 2249 pessoas que acreditaram no meu projeto. (...) E eu não tenho poder sobre dinheiro que elas têm no bolso”, acrescentou.

 

 

 

 

Escambo Eleitoral

A Polícia Federal investiga os vereadores Adilsinho e Feitoza, de Várzea Grande, foram eleitos com compra de votos mediante o fornecimento de água. O caso veio à tona após a deflagração da Operação Escambo Eleitoral, nesta terça-feira (11).

Além disso, os eleitores teriam recebido propostas para trocar votos por dinheiro, óleo diesel e outros benefícios. Os atos configuram crime eleitoral.

Cerca de 16 policiais atuaram no cumprimento das ordens judiciais, expedidas pelo Juízo das Garantias do Núcleo II do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.

Conforme a Polícia Federal, as investigações tiveram início no dia 6 de outubro passado, quando foi realizada a eleição em turno único em Várzea Grande. Na época, duas pessoas foram presas em flagrante por compra de votos.

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