MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Agentes do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) “amanheceram” na porta do ex-vereador de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, no edifício Royal Garden, para cumprir o mandado de condução coercitiva contra o ex-vereador que cumpre prisão domiciliar referente à acusação de participar de um esquema de falsos investimentos internacionais que teria lesado várias vítimas em milhões, conforme aponta investigação Operação Castelo de Areia.
O Gaeco apura a denúncia de que o ex-vereador teria apresentado um atestado médico falso, ao pedir o benefício de prisão domiciliar.
O Gaeco apura a denúncia de que o ex-vereador teria apresentado um atestado médico falso, ao pedir o benefício de prisão domiciliar.
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De acordo com informações do Ministério Público, a juíza Selma Rosane de Arruda, titular da Sétima Vara Criminal, expediu quatro mandados de prisão contra o ex-vereador, sendo dois referentes à Opreação Aprendiz, na qual foi flagrado negociando fraudes à licitações da Câmara de Vereadores de Cuiabá, um referente à processo por lavagem de dinheiro e outros dois referentes à Operação Assepsia, referente à compra e venda de sentenças, desencadaeada em 2013.
Como o médico legista o IML alegou que o procedimento não poderia ser feito no local, João Emanuel foi levado para o Fórum da capital onde deveria ser atendido por outro profissional, conforme determinação da juíza Selma Rosane.
João Emanuel foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) onde passaria por exame para analisar sua real necessidade de continuar em prisão domiciliar, mas o médico legista da unidade alegou que não poderia realizar o procedimento e o acusado foi levado para o Fórum da capital, onde seria atendido por outro médico, conforme determinação da juíza Selma Rosane. No fim da manhã, o ex-vereador deixou o Fórum e teria sido levado novamente para casa. Não há informações se ele foi atendido ou se voltará para passar pelo procedimento ordenado. De acordo com o MPE, se constatada a fraude, João Emanuel perde o direito à prisão domiciliar e passa a ficar preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
No IML, o ex-vereador se mostrou abatido ao se encolher em uma cadeira chegou a chorar. Ao , o acusado disse que sua condução coercitiva seria apenas uma análise de seu estado de saúde, devido à uma cirurgia na próstata, e garantiu a autenticidade de seu laudo médico, que de acordo com ele, foi apresentado junto a receituários e guias médicas.
OPERAÇÃO APRENDIZ
João Emanuel foi preso em dezembro de 2013, após a divulgação de um vídeo em que ele negociava junto à uma empresária, um esquema de fraudes à licitação da Câmara de Cuiabá. Após o escândalo, no qual foi apontado pelo Gaeco, como líder do esquema, ele que era presidente do Legislativo cuiabano, teve seu mandato cassado em votação dos demais vereadores.
CASTELO DE AREIA
O ex-vereador recebeu o mandado de prisão no dia 26 de agosto, enquanto se recuperava de um procedimento cirúrgico no Hospital Santa Rosa. Já no dia 28 ele conseguiu o benefício de prisão domiciliar alegando necessidades de tratamento de saúde.
Conforme investigações, as fraudes eram aplicadas por meio do Grupo Soy, o qual o ex-vereador afirma, que só prestava assessoria jurídica, informações da Polícia Civil dão conta que os crimes, de soma milionária, teriam ocorrido em todo o território nacional, onde cerca de 20 pessoas podem ter sido vítimas.
A vítima de um dos golpes afirmou à Polícia Civil, que o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China
A vítima de um dos golpes afirmou à Polícia Civil, que o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que ele [o investidor] emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões. No mesmo caso, o ex-vereador ainda teria fingido ser intérprete do falso chinês.
A Operação ainda resultou na prisão de outras quatro pessoas que tiveram o mandado de busca e apreensão cumprido e um de coerção coercitiva, sendo o irmão do ex-vereador, Lázaro Moreira Lima.
O casal Shirlei Aparecida Matsucka e Walter Dias Magalhães Júnior, donos do Grupo Soy, tentaram fugir e foram presos em Goiás.
De acordo com a Polícia Civil, o estelionatário é considerado um dos maiores golpistas de Mato Grosso, tendo dezenas de ocorrências registradas contra ele, por vítimas de diferentes regiões do estado. A estimativa é que exista um grande número de pessoas que tenham sido enganas pelo casal, incluindo outros estados da federação.
Também tiveram mandados cumpridos Marcelo de Melo Costa e Evandro José Goulart.
JULIANO MUNIZ 06/09/2016
Parabéns RepórterMt pelo furo de reportagem.. é a primeira vez que vejo uma operação em que não avisam a toda poderosa... palmas para vcs
ARNALDO 06/09/2016
ESSE DEVIA TA NA CADEIA FAZ HORAAAAA... IMPRENSA SÓ FAZ O PAPEL DELA.. ALIAS, NÃO FOSSE A IMPRENSA, SEU JUCA DA PINDAIBA, ESSE PAIS AINDA ESTARIA NA IDADE DA PEDRA...
juca da pindaiba 06/09/2016
A imprensa foi chamada para acompanhar a condução do réu? Gente é muito sensacionalismo as custas alheias, muita pirotecnia, é fato que a imprensa fica sabendo primeiro que o réu...
3 comentários