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Cuiabá, 26 de Dezembro de 2024
26 de Dezembro de 2024

16 de Dezembro de 2013, 12h:23 - A | A

POLÍCIA / TRAGÉDIA NO COXIPÓ

Identificado jovem que atropelou e matou criança; suspeito pode pegar até 9 anos de prisão

Suspeito pode ser autuado por homicídio culposo, omissão de socorro e fuga do local do crime.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



O jovem que atropelou e matou o menino Andrei Lara Figueiredo, de 13 anos, pode pegar até nove anos de prisão. A vítima foi atropelada em frente à casa da família, na tarde de sábado (14), no bairro Chácara dos Pinheiros, em Cuiabá. Após o atropelamento, o suspeito fugiu, abandonando o veículo Chevrolet Celta de cor preta no local. Revoltado, os moradores da região colocaram fogo no carro.

Ao RepórterMT, o delegado, Cristian Cabral, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, disse que ele vai ser atuado por homicídio culposo, quando não há intenção de morte, omissão de socorro e fuga do local do crime, porém há suspeita que ele estava dirigindo sob o efeito de álcool e falando ao celular no momento da batida.

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“Caso essas hipóteses sejam comprovadas ele ainda pode ser autuado por outros crimes. Além de ser acusado até de homicídio doloso, quando há intenção de morte”, explicou.

Para o delegado, com apreensão do celular do suspeito, a Polícia vai conseguir saber de certo se ele estava dirigindo e falando ao celular no momento do atropelamento.

“Vamos analisar as chamadas feitas e recebidas pelo celular do motorista. Com isso, saberemos de certo se ele estava dirigindo e conversando no telefone enquanto dirigia”, destacou.

A identificação do suspeito se deu diante do número da placa do carro passada por testemunhas. “Ele foi identificado como R.T.M, de 25 anos, porém estávamos instaurando o inquérito para podermos intimá-lo a depor”, disse o delegado.

O ATROPELAMENTO

Conforme testemunhas, Andrei tinha chegado da natação, em um clube próximo a residência e estava chupando uma manga, na calçada da casa. O menino foi atropelado pelo Celta e arrastado por alguns metros até bater a cabeça em uma lixeira. Quando uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou para socorrê-lo, a vítima já estava morta.

Após o atropelamento R.T.M fugiu do local do crime. Ele apresentava sinais de embriagues. Polícia Militar fez rondas pela região, mas não conseguiu localiza-lo.

TRAGÉDIA NA MIGUEL SUTIL

No dia 26 de novembro, o servidor da Sefaz, Enéas Cardoso Filho, de 52 anos, morreu atropelado por um carro Hyundai IX 35. Ele estava trafegando na pista em uma bicicleta, quando foi atingido pelo veículo, conduzido pelo adolescente M.H.P.H, de 14 anos.

Após atropelar o Enéas o veículo ainda atingiu o publicitário Anderson Rafael, de 23 anos e o operário Wanderlei Gomes Sopro. O publicitário está internado com múltiplas fraturas e passa por cirurgia de reconstrução do maxilar. Wanderlei quebrou uma perna.

À Polícia, M.H.P.H disse que pegou o carro do avô, o médico José Pinheiro Coelho Filho, escondido e ainda teria levado dois amigos para dar ‘uma volta’ na cidade. Antes de atropelar as vítimas, o menor disse que trafegava a 60 KM/h no carro, quando a direção travou e ele perdeu o controle do veículo, vindo a bater nos três homens.

A versão do menor é contrariada por imagens de uma câmera do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública do Estado (CIOSP). As imagens mostraram o momento exato dos atropelamentos, onde o IX 35 aparece muito acima da velocidade mencionada pelo adolescente.

No dia 29 de novembro, o adolescente foi encaminhado para uma ala especial do Complexo Pomeri, em Cuiabá. Ele deve ficar internado na unidade ao menos 45 dias. Após esse prazo M.H.P.H deve passar por uma reavaliação. Porém no dia 2 de dezembro, a defesa do menor entrou na Justiça com um pedido de revogação dessa internação, que ainda deve ser avaliado pela Justiça.

BALANÇO SANGRENTO

Conforme informações da Polícia Civil e Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), de janeiro a agosto deste ano, 72 pessoas já morreram no trânsito de Cuiabá e Várzea Grande. Ao menos, 70% das vítimas eram motociclistas ou estavam envolvidas em batidas com motocicletas. Somente neste período, os órgãos registraram 6.643 ocorrências de trânsito.

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