CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) contra as 15 pessoas presas na Operação Luxus, que investigou uma quadrilha de assaltos a dez bancos de Mato Grosso.
Em sua decisão, datada do dia 8 de junho, Selma torna réus Marcus Vinicius Fraga Soares, Gilberto da Silva Brasil, Junior Alves Vieira, Cleyton Cesar Ferreira de Arruda, Thassiana Cristina de Oliveira (esposa de Cleyton), Augusto Cesar Ribeiro Macaubas, vulgo “Gordão”, Jurandir Benedito da Silva, conhecido como “Jura”, Elvis Elismar de Arruda Figueiredo, Diego Silva dos Santos, Hian Vitor Oliveira Cavalcante, Kaio da Silva Nunes Teixeira, Robson Antônio da Silva Passos, vulgo “Robsinho”, Juliender Batista Borges, conhecido como “Juju”, Dainey Aparecido da Costa e Lubia Camilla Pinheiro Gorgete.
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Todos foram presos em maio deste ano pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). As investigações apontaram que o grupo teve lucro de R$ 5 milhões e que os integrantes ostentavam vida de luxo nas redes sociais.
A magistrada relata que as investigações tiveram início em novembro do ano passado, com o roubo da agência do Banco do Brasil, no bairro Morada da Serra II, em Cuiabá, e pelo furto à outra unidade do banco, em fevereiro deste ano, em Poconé.
Ainda conforme Selma, os integrantes da quadrilha não tinham conhecimento total da dimensão, nem de todo o grupo, uma vez que cada um tinha funções específicas dentro da organização criminosa.
“O Ministério Público detalha na denúncia quais seriam as suas funções na citada organização criminosa, sendo que alguns seriam os responsáveis pela execução operacional dos crimes, enquanto outros por prestar auxílio, material, logístico, moral e na ocultação de armas, ao grupo criminoso nas ações perpetradas. Também teriam sido identificados membros responsáveis pela ocultação de supostos valores arrecadados durante as empreitadas criminosas e por repassar informações sobre o planejamento de possíveis ações criminosas”, apontou a juíza.
Família do crime
Os líderes da quadrilha eram Marcus Vinicius Fraga Soares, vulgo ‘pato’ e Gilberto Silva Brasil, vulgo ‘Beto’ ou ‘Showman’. Eles são considerados os “cabeças” da facção que se situava na região do CPA e intitulavam o grupo criminoso "de família”. No total, roubaram R$ 5 milhões.
As investigações apontaram que Pato e Beto chefiavam o núcleo criminoso e angariavam freelancers para cometer os furtos.
Vida de luxo
De acordo com o GCCO, os criminosos alvos da ‘Operação Luxus’, utilizaram cerca de R$ 5 milhões roubados de agências bancárias para bancar passeios de helicóptero, iates no Rio de Janeiro e viagens para praias do Nordeste e Sudeste do país.
Eles também participaram pelo menos duas vezes do Carnaval no Rio de Janeiro (RJ), utilizando o valor roubado dos bancos. Os bandidos ostentavam nas redes sociais, com fotos e vídeos de viagens de luxo, veículos importados e passeios que realizaram com o dinheiro roubado.
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