RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Depoimentos dos envolvidos no assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Mendes, 61 anos, revelam que a médica Yana Fois Coelho Alvarenga conhecia assassinos e mandou o marido os contratar no Estado de Goiás, além de ter dado todo suporte para a execução do crime em Mato Grosso.
Os depoimentos constam da decisão em que o juiz Ricardo Nicolino de Castro aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) e determinou a prisão preventiva da médica Yana. O crime aconteceu no dia 15 de dezembro.
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Participaram do assassinato, além da médica, o marido dela Antônio Pereira Rodrigues Neto os executores do crime Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito Silva.
Internauta

Prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos.
Durante seu depoimento, Zenilton conta que ele e Welison foram contatados por Antônio, em Goiânia (GO) – a mando de Yana. Segundo o assassino, a médica os conhecia pois ele já havia trabalhado para familiares dela no estado do Pará.
“(...) que Antônio Pereira rodrigues Neto, que estava em Goiânia, fez uma proposta para o declarante (Xenilton) e para seu cunhado Welisson, oferecendo dez mil para que matassem o prefeito de Colniza. Que o declarante conheceu Antônio através da esposa dele Dra. Yana, pois conhece Yana e seus familiares da cidade de Rondon do Pará", disse Zenilton em depoimento.
Antônio ainda teria transportado os assassinos até a cidade de Colniza, para que o crime fosse executado – tudo, teoricamente, calculado por Yana.
"No caso da denunciada Yana, é certo que as informações até agora coletadas dão conta de que providenciou não só a fuga dos executores, entregando o veículo ao adolescente, como também fez toda a ponte necessária para que seu companheiro (Antônio) conhecesse os executores e realizassem as diligências necessárias para que os fatos ocorressem da forma que ocorreram", consta na denuncia do Ministério Público acatada pela Justiça.
A real motivação do crime ainda está sendo apurada, mas a Polícia Civil indica que o assassinato tenha ocorrido por conta de uma dívida. O casal que encomendou o crime possuí grande poder financeiro e eram bastante conhecidos na cidade.
Todos os citados seguem presos.
O crime
No dia 15 de dezembro, o prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas morreu no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson Ferreira dos Santos, sendo um na perna esquerda e outro nas costas.
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