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Cuiabá, 14 de Novembro de 2024
14 de Novembro de 2024

14 de Janeiro de 2015, 10h:00 - A | A

POLÍCIA / ASSESSOR DE MAGGI

Morte de major que fazia segurança de senador vai completar um ano e ainda é mistério

DHPP informou que inquérito continua aberto. “Já fizemos várias diligências em buscas de provas concretas que levasse até os autores do crime, porém não conseguimos nada real”, lamentou delegada.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Quase um ano após a execução do major ‘reformado’ da Polícia Militar, Claudemir Gasparetto, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá ainda não conseguiu solucionar o assassinato. O major foi morto na noite de 18 de fevereiro do ano passado, na porta da casa onde morava, no bairro Planalto Ipiranga, em Várzea Grande, quando o policial foi surpreendido pelos bandidos em um Ecosport. Os criminosos bateram com o veículo na traseira do carro da vítima e o executaram com vários tiros.

Ao RepórterMT, a delegada Silvia Pauluzzi, que investiga o caso, disse que as investigações não foram encerradas e que, só irá concluir o inquérito, quando solucionar o crime. “Já fizemos várias diligências em buscas de provas concretas que levassem até os autores do crime, porém não conseguimos nenhuma informação verdadeira”, lamentou.

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A delegada ainda reiterou a informação divulgada, em uma outra entrevista ao RepórterMT, quando afirmou que o inquérito criminal do homicídio, não tem prazo para se encerrar. Sendo assim, as investigações seguem normalmente. 

Antes de encerrar a carreira, Gasparetto trabalhou no Pálacio Paiaguás, onde era integrante da equipe que fazia segurança do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR).

CRIME ENCOMENDADO

Semanas após o crime, a delegada chegou de interrogar dois presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), suspeitos de terem encomendado o homicídio. Já que o crime seria uma vingança contra a morte do assaltante Djon Robert Luna Carvalho, morto pelo próprio Gasparetto.

O major o impediu de roubar a casa dele, em fevereiro de 2011. Ele ainda baleou outros dois comparsas de Djon, que foram presos em seguida.

No entanto, a hipótese de vingança foi descartada após os dois detentos serem interrogados na DHPP. A dupla não fornececeu nenhuma informação relevante sobre o caso, segundo informou a DHPP, na época.

LIGAÇÃO COM CHACINA

Quatro dias depois da execução de Gasparetto, um bar no bairro São Mateus, também em Várzea Grande, foi palco de uma chacina, onde cinco pessoas foram mortas com tiros de pistolas e escopetas calibre 12.

Diante das características de como a chacina ocorreu, a DHPP não descartou a hipótese que os assassinatos tenham sido cometidos por um grupo de extermínio, formado por policiais militares.

Sendo que de acordo com testemunhas, os criminosos chegaram em dois carros, calçando coturno e encapuzados. Além de estarem armados com escopetas e pistolas.

Anderson Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso e Sebastião Carlos Pinho foram obrigados a se virarem contra uma parede e executados com tiros na cabeça e nas costas.

Outras três pessoas, Márcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa, foram baleadas e levadas ao Pronto Socorro Municipal.

A Polícia Militar chegou a divulgar que três vítimas, tinham antecedentes criminais, supondo um acerto de contas entre criminosos rivais.

Reprodução

major

Bar onde a chacina foi registrada.


SUSPEITO MORTO

Já um dia após a morte do major, o corpo de um homem identificado apenas como Douglas, foi encontrado no bairro da Manga, em Várzea Grande. O rosto do homem foi crivado de balas, coisa típica de crimes de vingança. 

A DHPP também não soube explicar o crime. Já a PM, negou que a vítima tivesse qualquer relação com o assassinato de Gasparetto.

Reprodução

major

Suspeito foi morto com vários tiros no rosto. Corpo foi encontrado no bairro da Manga.


Poucos minutos depois de encontrar o corpo de Douglas, a PM conseguiu localizar o Ecosport usado pelos assassinos.

O carro estava abandonado em uma estrada deserta do bairro São Simão, também na cidade. A PM informou que o veículo tinha sido roubado um dia antes do assassinato do major. O roubo ocorreu no bairro do Porto, na capital.

Reprodução

major

Caro usado na execução do major foi  localizado no bairro São Simão. Veículo foi roubado um dia antes da morte do militar

 

 

 

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