RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O Ministério Público de Mato Grosso, por meio da promotora Maisa Fidelis Gonçalves Pyrâmides, negou que seja realizado exame de sanidade mental em Lumar Costa Silva, 28 anos. Ele matou a tia, Maria Zélia da Silva Cosmos, 55 anos, arrancou o coração e levou para a filha dela. O assassinato ocorreu no dia 02 de julho, em Sorriso (a 420 km de Cuiabá).
A informação consta na denúncia, oferecida pelo MP ao Judiciário. Conforme o documento, Lumar ficou evidenciado que Lumar é muito mais inteligente do que louco.
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A defesa do assassino argumentou que a dúvida sobre a sanidade mental de Lumar surgiu devido à forma bárbara com que o crime foi cometido.
O MP rebateu: “Todavia, nos autos não há elementos concretos capazes de indicar que o denunciado possui problemas mentais. Pelo contrário, conforme consta do relatório de investigação acostado à folha 68/77, 'Lumar demonstra ser uma pessoa muito inteligente. Autodidata, aprendeu o idioma inglês apenas por livros e vídeos de youtube e, segundo o pai, chegou até ter proposta para trabalhar fora do país".
RepórterMT/Reprodução
Lumar matou e tirou o coração da tia em Sorriso.
O caso
Lumar estava morando de favor na casa da tia Maria Zélia, após ter se mudado para Mato Grosso por tentar matar a mãe com um facão, em São Paulo.
Nos primeiros dias que esteve em Sorriso, ele discutiu com a tia, que descobriu o envolvimento dele com drogas e também por assediar a neta dela, de apenas 7 anos. Ela pediu para que ele arrumasse outro lugar para ficar, pois não aceitava a situação. Dois dias depois, o assassinato aconteceu.
Lumar usou duas facas no crime. Uma para dar dois golpes na mulher e outra maior para abrir o peito dela. Após arrancar o coração da vítima, ele levou o órgão até a filha dela.
O assassino ameaçou sequestrar ou matar a menina de 7 anos, caso a filha de Maria Zélia não entregasse a chave do carro.
Com o veículo, ele invadiu uma subestação de energia e bateu contra um transformador, com a intenção de “apagar as luzes da cidade”.
Nesse local ele foi preso em flagrante em ação conjunta entre a Polícia Civil e Militar.