facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 24 de Abril de 2025
24 de Abril de 2025

24 de Abril de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / MORTA POR ESTRANGULAMENTO

Perito criminal diz que marcas no pescoço de Heloysa indicam que ela lutou para sobreviver

O crime ocorreu nessa terça-feira (22), no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.

EDUARDA FERNANDES
KARINE ARRUDA



Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, lutou para tentar sobreviver, mas foi estrangulada até a morte por um cabo USB de carregador de celular. A informação foi repassada à imprensa pelo perito criminal Manoel Messias, em coletiva de imprensa concedida na tarde desta quarta-feira (23). O crime ocorreu nessa terça-feira (22), no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.

Segundo o perito, as marcas no pescoço de Heloysa eram condizentes com todos os cabos encontrados em uma outra residência no bairro Ribeirão do Lipa, na Capital, onde um dos menores envolvidos no crime foi localizado. No momento em que foi estrangulada, o perito conta que Heloysa lutou.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Ela teve reação nesse momento, tanto é que o cabo oscilou verticalmente no pescoço de acordo com a reação dessa pessoa [a vítima]. Ela tentou se desvencilhar, obviamente, mas não conseguiu. Essa força por trás, existe uma continuidade [da marca] desse instrumento utilizado e 4 cm aproximadamente de falta de continuidade, o que sinaliza que essa pessoa estava por trás e realmente realizou essa ação com o estrangulamento. Não dá pra dizer que morreu nesse momento, mas tudo indica que sim”, explicou.

Leia mais - Vídeo mostra assassino levando mãe de adolescente estrangulada à UPA

Conforme o perito, o corpo de Heloysa não foi jogado do topo do poço. “Ela foi descida e depois esse instrumento que se utilizou para descer rompeu em algum momento e houve a queda de aproximadamente 2 a 3 metros, o que causou uma lesão no pé, essa lesão pós morte, ou seja, essa pessoa [a vítima] quando chegou no local ela já estava sem vida”.

Isso, para o perito, indica que os envolvidos conheciam a vítima. “No momento eu percebi, o local do crime fala por si só, eu percebi que os sujeitos ativos ali, os agentes que fizeram isso, não eram desconhecidos dessa pessoa, porque tomaram alguns cuidados para que ela não tivesse uma situação mais ainda. O nível de psicopatia oscila, a criminologia nos explica isso e naquele momento preservou um pouco, tanto é que desceu ela com um certo cuidado, mas teve a ruptura desse instrumento e ela caiu de 3 metros aproximadamente”.

A polícia prendeu Benedito Anunciação de Santana, 40 anos, que era namorado da mãe dela, Suelen de Alencastro Arruda, 40 anos, e estava presente na cena do crime. Também participaram do assassinato o filho de Benedito, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, e outros dois menores. Eles forjaram um assalto para esconder a real intenção, que era matar mãe e filha. Todos estão presos.

Leia mais - Politec: Adolescente foi morta por estrangulamento

Suelen escapou da morte porque demorou a chegar em casa. Quando ela chegou, a filha já estava morta em um dos cômodos e ela, sem vê-la, foi levada para outro quatro, onde foi brutalmente espancada. Enquanto foi mantida nesse local, o corpo da filha foi levado pelo bando e jogado em um poço, em uma região de mata no Ribeirão do Lipa.

Comente esta notícia