APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A Polícia Civil encontrou R$ 100 mil em espécie na casa de uma advogada de Cuiabá. Ela é um dos alvos da operação Gravatas, deflagrada nesta terça-feira (12), contra um grupo de quatro advogados e um policial militar que atuavam conjuntamente com lideranças de uma facção criminosa.
Segundo a investigação, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de Tapurah, três lideranças de uma facção criminosa se associaram aos quatro advogados. Os profissionais do direito, atuavam como o “braço jurídico” do grupo criminoso.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Juntos, os integrantes dessa organização criminosa desmantelada pela Polícia Civil obtinham vantagens de natureza financeira e jurídica, além de praticarem crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de dinheiro.
LEIA MAIS - Polícia prende advogados que se associaram a líderes de facção em crimes
“Não se trata da instituição democrática do direito de defesa em essência, que encontra respaldo nos direitos fundamentais da Constituição da República, mas sim de verdadeira associação voluntária dos juristas à organização criminosa”, apontou o delegado Guilherme Pompeo.
Conforme revelou a investigação, os advogados não trabalhavam apenas na defesa dos membros da facção, mas buscavam atrapalhar a atuação policial repassando informações sobre as investigações e auxiliando em crimes graves, como tortura e levantando dados pessoas de vítimas da facção.
O policial militar, por sua vez, repassava para os advogados boletins de ocorrências registrados, permitindo que tanto os advogados como as lideranças da facção acompanhassem a atuação da polícia, tanto da Civil quanto da Militar.
“O acesso ilegal a tais dados, por indivíduos de alta periculosidade, coloca em risco a vida de policiais éticos e de testemunhas envolvidas nas ocorrências”, disse o delegado.
José 12/03/2024
Tinha que mostrar os vagabundos
1 comentários