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Cuiabá, 08 de Outubro de 2024
08 de Outubro de 2024

08 de Outubro de 2024, 18h:06 - A | A

POLÍCIA / LICEU CUIABANO

Professora é chamada de "macaca" por aluno durante apresentação de trabalho

Ela acionou a Polícia Militar, que apreendeu o menor por injúria racial. O pai do adolescente foi chamado na escola para acompanhar o filho.

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



Uma professora de sociologia identificada pelas iniciais V.C.S.R., da Escola Estadual Liceu Cuiabano, denunciou ter sido vítima de crime de racismo, praticado por um estudante de 16 anos, durante a apresentação de um trabalho na sala de aula. Na ocasião, o menor teria escrido uma mensagem no celular chamando a mulher de "macaca".

De acordo com o boletim de ocorrência, a professora relata que estava de costas para o aluno que estava apresentando um trabalho quando ele escreveu uma mensagem no aparelho que dizia: "Socorro! Tem uma macaca falando", e mostrou para a turma.

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Em seguida, ele teria escrito outra mensagem de conteúdo sexual e usado um emoji que simulava uma agressão contra a mulher.

Na hora, a professora disse não ter visto o ato, porém alunas que não gostaram da brincadeira contaram para ela. Com auxílio da câmera de segurança da sala, ela conta que conseguiu ver o ato do aluno.

Ela acionou a Polícia Militar, que apreendeu o menor por injúria racial. O pai do adolescente foi chamado na escola para acompanhar o filho.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) manifestou apoio à professora e disse que esse tipo de situação é inaceitável. Leia a nota na íntegra.

“Para o Sintep-MT, é inconcebível que os professores tenham que ficar reféns de práticas de desrespeito, violência e ameaças para atender a um projeto educacional que não orienta os estudantes a comportamentos de respeito e civilizados. Sem contar que o ato impactou também no emocional da professora, que está afastada e das estudantes negras da escola. No mínimo, seria necessário ações punitivas, como sanções, contra o estudante com práticas de reflexão quer seja por meio de projetos e intenso debate educacional para a compreensão da violência realizada”, diz a nota.

A reportagem entrou em contato com a Secretária do Estado de Educação (Seduc), mas ainda não teve resposta. O espaço segue aberto.

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