APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A estudante Natalia Ariati, formanda em Odontologia, usou uma rede social para denunciar que também foi vítima da empresa Imagem Serviços de Eventos LTDA. A empresa, que é especializada na realização de formaturas, vem sofrendo uma série de denúncias desde sexta-feira (31), após avisar aos estudantes em cima da hora que não será capaz de cumprir os contratos devido a um processo de recuperação judicial.
“Hoje, eu e meus colegas de faculdade, acordamos todos com os corações devastados e pesados após recebermos a pior notícia que nós poderíamos imaginar: a empresa responsável pelo nosso baile de formatura, a Imagem Eventos, nos encaminhou um PDF nessa manhã dizendo que não somente o nosso tão sonhado baile de formatura, como também as outras festas, como a festa da saudade e o nosso culto ecumênico, simplesmente não irão mais acontecer”, relata a estudante.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
No documento, citado por Natalia, a empresa afirma que os alunos podem optar por reagendar os eventos ou por receber os valores pagos de volta, mas conforme as condições e critérios que virão a ser estabelecidos no processo decorrente da recuperação judicial.
A empresa afirma que ainda sofre com os impactos “severos impactos da pandemia da Covid-19 e das restrições impostas à realização de eventos”, o que teria gerado “uma drástica redução de receitas”. Outra alegação da empresa é que a situação financeira foi agravada em razão do aumento no número de pedidos de rescisão judicial.
Conforme Natalia, o baile de formatura estava marcado para acontecer em quinze dias, além disso estavam previstos os eventos de “aula da saudade” e o culto ecumênico dos estudantes.
“Para mim, isso representou um investimento de R$ 16 mil, além dos gastos com alugueis e com outros preparativos que precisam para um evento tão significativo. Nenhum dinheiro do mundo vai pagar ou substituir a alegria que nós teríamos de celebrar esse momento tão importante das nossas vidas com os nossos familiares e amigos. Foram quatro anos de dedicação na faculdade, quatro anos esperando esse momento ansiosamente e foram destruídos”, disse a estudante.
Ainda conforme a estudante, os representantes da empresa “sumiram” e não respondem mais os contatos dos alunos.
Também foram vítimas estudantes de direito e medicina da Unic e da Univag. Uma das turmas chegou a pagar quase R$ 2 milhões para a empresa.