JOÃO AGUIAR
DA REDAÇÃO
A fuga de 14 presos da Penitenciária Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (730 km de Cuiabá), na noite de segunda-feira (03), movimentou as equipes de segurança do município. Polícia Militar, Polícia Penal e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) fazem buscas pelos fugitivos na região.
A Polícia Civil também foi acionada e está no presídio para investigar a fuga dos detentos. O delegado regional de Água Boa, Valmon Pereira da Silva, afirmou ao que não descarta que a fuga possa ter sido facilitada por policiais penais.
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“É cedo para nos posicionarmos neste sentido, mas não podemos desconsiderar que a categoria está no meio de um movimento grevista. E também é cedo para afirmar que faltou fiscalização e vistoria por conta da greve”, sugeriu o delegado.
Ainda segundo o chefe da delegacia da região, um inquérito será instaurado em breve para apurar os fatos. “Por enquanto a gente não descarta nada”, declarou.
Outro lado
O também conversou com o Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen). O presidente Amaury Benedito afirmou que a unidade já estava com baixo efetivo de policiais e que, durante a greve, nenhum dos agentes deixou de trabalhar.
“Durante a greve, nenhuma das penitenciárias reduziu seu efetivo. 100% dos servidores das unidades ficaram trabalhando, mesmo com a greve. Todos do plantão trabalharam normalmente”, salientou.
“O que ocorre é que o efetivo de Água Boa é muito pequeno. É um dos mais baixos de Mato Grosso. Tanto que temos 40 policiais penais fazendo academia para preencher as vagas do município. A unidade é imensa, mas ela precisa de melhora na estrutura, já que é velha”, declarou.
Ainda segundo o presidente do Sindispen, a penitenciária também está superlotada. “A capacidade da unidade é de aproximadamente 250 presos e está com mais de 600”, afirma.
Quando questionado se o baixo número de servidores atuando na unidade possa ter sido uma das razões que levou a 14 detentos fugirem, Amaury respondeu: “Sem dúvida alguma, o baixo efetivo pode ser um dos motivos”.