DA REDAÇÃO
Um casal foi preso em flagrante na quinta-feira (04), em Poconé (104 km de Cuiabá), acusado de maus-tratos cometidos contra a filha adotiva, de apenas 2 anos de idade. A prisão ocorreu após a criança dar entrada em uma unidade de saúde com ferimentos graves e suspeita de morte encefálica.
De acordo com a Polícia Civil, a criança foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento pela tia, que tem guarda provisória da menor. Ela relatou que encontrou a menina desacordada, caída ao lado da cama.
Devido à gravidade das lesões, a menina foi encaminhada para o Pronto-Socorro de Várzea Grande para realização de tomografia, do crânio, tórax e abdômen, trazida direto do transporte para Unidade de Pronto Atendimento (UTI).
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De acordo com o laudo da unidade de saúde, a criança apresenta várias lesões compatíveis com maus-tratos e fraturas cranianas, não compatíveis com a situação descrita pela sua responsável legal. O diagnóstico apontou lesões por maus-tratos e abuso sexual, traumatismo craniano grave e suspeita de morte encefálica.
Segundo informações, a menina tem histórico de maus-tratos praticados pelos pais biológicos que faziam uso de álcool e drogas. Há cerca de cinco meses a guarda provisória da criança estava com o tio paterno e sua esposa.
A equipe do Conselho Tutelar de Poconé que acompanhava a situação, após receber o laudo médico, procurou a delegacia do município para registro da ocorrência. Os pais da criança também compareceram na unidade policial, momento em que receberam voz de prisão.
Segundo o delegado de Poconé, Maurício Maciel Pereira Júnior, os trabalhos estão em andamento para verificar todas as circunstâncias envolvendo as agressões praticadas contra a criança, requisitada perícia no local dos fatos.
"Os tios da vítima (que estavam como responsáveis legais) foram detidos, uma vez que está nítido que a criança foi vítima de maus-tratos e lesões corporais, porém somente após o curso das oitivas e demais diligências que já estão sendo realizadas é que será possível os esclarecimentos dos fatos", explicou o delegado.