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Cuiabá, 26 de Dezembro de 2024
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02 de Outubro de 2013, 14h:04 - A | A

VARIEDADES / BRIGA

Nota zero vira caso de agressão em escola particular

Jovem diz que foi agredida no pátio durante mais de 10 minutos. Agressão ocorreu por causa de uma atividade proposta em classe.

G1



Uma adolescente de 14 anos foi agredida por uma colega, na tarde desta terça-feira (2), dentro de uma escola particular, em Santos, no litoral de São Paulo. O rosto da menina ficou com as marcas da briga, que começou por causa de uma nota zero em um trabalho escolar.

A briga começou por causa de uma atividade proposta por uma professora. Segundo a empresária Vanessa Ribeira Salles Sabino, mãe da jovem agredida, a filha teria feito um trabalho escolar e colocado também o nome de outras alunas. A professora descobriu que a atividade só tinha sido feita por uma das estudantes e, por isso, decidiu dar zero para as alunas que não realizaram a tarefa.

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Depois desse dia, Vanessa foi até a escola para conversar com a coordenadora pedagógica sobre o caso, já que a filha estaria, segundo ela, sendo ameaçada pelas outras colegas. De acordo com Vanessa, a coordenadora afirmou que resolveria o problema. Mas, no dia seguinte, a jovem foi agredida pelas outras estudantes. “Quando eu cheguei lá, o rosto da minha filha estava totalmente desfigurado”, conta a mãe da adolescente.

A menina conta que saiu da sala da coordenadora junto com as outras integrantes do grupo. Quando chegaram no pátio da escola, uma delas começou a perguntar o motivo pelo qual a adolescente tinha contado que fez a atividade sozinha. A menina disse que falou para a mãe o que tinha acontecido e que não queria discutir já que o problema estava resolvido. “Ela ficou na minha frente e começou a me peitar. Eu peguei o cabelo dela e a gente foi para o chão. Ela veio para cima de mim, começou a me arranhar. Vieram separar a gente. Levantamos, quando eles estavam separando, ela me deu um chute e eu dei um chute nela. Levaram ela para a sala da coordenadora”, conta a menina.

Segundo a estudante, a briga chegou a durar mais de 10 minutos e outros alunos ficaram assistindo a confusão e não fizeram nada. “Duas outras meninas que eram do grupo e outros três meninos ficaram olhando. Durou mais de 10 minutos. Não tinha ninguém e depois veio mais gente”, afirma a jovem. Ela diz que não quer mais voltar a estudar na escola.

A mãe da menina diz que faltou atenção da escola. “A partir do momento que uma menor entra do portão para dentro a responsabilidade é da escola. Não quero saber. Cadê o supervisor, o inspetor, porque se ela apanhou desse jeito foi mais de 15 minutos. Eu quero que a escola se retrate”, fala Vanessa. Ela também reclama da coordenadora pedagógica e diz que falou que a instituição deveria ter tomado mais providências devido ao tamanho da agressão. “Ela (coordenadora) falou que ia dar uma suspensão para a aluna. Quer dizer que ela vai voltar a bater em mais alguém”, afirma. Segundo Vanessa, a escola não quis passar o nome dos pais da menina que agrediu a sua filha.

A menina foi encaminhada para o Pronto Socorro para receber tratamento médico e também foi até a delegacia fazer um boletim de ocorrência, acompanhada da mãe. Ela está tomando antibióticos e colocando pomada nos ferimentos. “Ela passou a noite em claro, não conseguiu dormir, está toda dolorida”, diz a mãe da menina. Segundo Vanessa, a menina também passou por um cirurgião plástico e ainda não se sabe se a estudante ficará com as cicatrizes da agressão. Na manhã desta quarta-feira (2), ela foi fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Santos (IML). De acordo com a mãe da menina, a advogada da família também está cuidando do caso.

O G1 entrou em contato com o colégio mas, até o fechamento desta reportagem, não recebeu nenhuma resposta.

 

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