folha-SP
O custo da cesta básica recuou em 16, das 17 cidades pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no mês de julho. Este é o terceiro mês em que a apuração mostra queda nos preços na maior parte das cidades.
Em Belém, os preços ficaram praticamente estáveis, com um acréscimo de 0,05%. O Rio de Janeiro apresentou a maior queda no mês, com um recuo de 6,6%, seguido de Belo Horizonte (-5,86%), Curitiba (-4,86%), Florianópolis (-4,75%).
>> Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp
O custo da cesta básica em São Paulo caiu 3,89% em julho. Ainda assim, a cidade não perdeu a primeira posição na lista dos maiores preços. Os alimentos essenciais custam R$ 239,38. O número é cerca de 30% maior que o registrado em Aracaju, onde a cesta básica custou em julho R$ 181,04, o menor observado no país.
De acordo com o Dieese, o recuo no custo da cesta básica na maior parte das regiões do país resulta dos menores preços do tomate, do açúcar e da batata. O tomate caiu nas 17 capitais pesquisadas, com redução de até 41%. O auge da safra de cana levou à diminuição no açúcar em 15 capitais. A redução no produto chegou a 26% em Aracaju.
SALÁRIO MÍNIMO
Com base nos valores apurados em julho, o Dieese aponta que o salário mínimo ideal no Brasil deveria ser R$ 2.011,03, ou 3,94 vezes os R$ 510 atuais. O cálculo considera despesas com alimentação, moradia, saúde, transporte, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
A participação do custo médio nacional da cesta básica em relação ao salário mínimo líquido (após o desconto da previdência) caiu de 48% em junho para 45,37% no último mês. Para chegar atingir o valor correspondente aos alimentos essenciais, os trabalhadores tiveram que cumprir uma jornada de 91 horas e 50 minutos.
A variação do valor da cesta básica no ano mostra recuo em apenas duas das 17 capitais. Em Brasília, os alimentos essenciais ficaram 0,47% mais baratos. No Rio de Janeiro, o custo ficou praticamente estável, com queda de 0,12%. Os maiores reajustes foram observados em Recife (17,23%), Goiânia (12,63%) e Natal (12,29%).