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Cuiabá, 10 de Outubro de 2024
10 de Outubro de 2024

10 de Outubro de 2024, 18h:30 - A | A

ENTREVISTA / DISPARADA DE CASOS

Juíza: Aumentar penas não diminui feminicídio, o que falta é educação

Para a magistrada, a solução para acabar com esses crimes está na educação, ou seja, no entendimento da igualdade entre os seres humanos.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT



Medidas protetivas, botão do pânico, uso de tornozeleira eletrônica e, em alguns casos, a prisão preventiva do agressor são as formas utilizadas pela justiça para tentar coibir os casos de violência doméstica contra a mulher. Porém, às vezes, a sensação é que essas alternativas não funcionam como deveriam, já que o número de feminicídios em Mato Grosso tem aumentado, levando a população a pensar que para acabar com esses crimes é preciso endurecer as leis penais para que se tornem mais efetivas.

Contudo, segundo a juíza Hanae Yamamura, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, fazer leis mais rígidas ou mais punitivas não vai mudar a realidade dessas mulheres. De acordo com a magistrada, estudos apontam que o endurecimento das penas não vai impedir ou diminuir os casos de violência doméstica e feminicídio. Para ela, a solução para acabar com essas ocorrências está na educação, ou seja, no entendimento da igualdade entre os seres humanos, em que homens não são melhores que as mulheres e vice-versa.

“O fato de você recrudescer o sistema não necessariamente é um combate efetivo à violência. O sistema penal não veio para corrigir a sociedade, ele veio como um subsidiário para o estado poder exercer essa função de justiça, mas o direito penal não pode ser visto como o salvador da pátria. Não é o fato de você aumentar a pena que você vai diminuir a violência doméstica em si”, explica em entrevista ao RepórterMT.

Confira:

Assista a entrevista completa:

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