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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

22 de Agosto de 2020, 08h:20 - A | A

ENTREVISTA / ENTREVISTA EXCLUSIVA

Mãe de Isabele revela sentimento de impotência e fracasso ao ver filha morta, esticada no chão

Patrícia Guimarães recebeu o RepórterMT em sua casa e afirma que a família da adolescente que matou sua filha só estava preocupada como a história iria acabar para eles

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



Mãe de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, Patrícia Ramos Guimarães abriu as portas de sua casa para o e em uma conversa íntima e aberta falou sobre a morte de sua filha, que levou um tiro no rosto, disparado pela amiga B.O.C., também de 14 anos. A empresária, que vem lutando por Justiça, fala do sentimento de fracasso e indignação ao ver a filha morta, esticada no chão e afirma que a família da adolescente que atirou Isabele não estava preocupada com a morte da sua filha, mas como isso ia acabar para eles.  

“Foi a cena mais triste que eu já presenciei na vida. Ver minha filha esticada morta no chão, sem poder fazer nada. Uma sensação de impotência, de fracasso mesmo e indignação principalmente”, desabafa Patrícia.

Patrícia afirma que a família de B. teve tempo para "montar toda a história", uma vez que não foram levados para a delegacia pela morte de Isabele. O empresário Marcelo Cestari e a filha B. só foram ouvidos sobre a morte dois dias após o crime. A empresária acredita que tudo isso contribuiu para que muitas coisas não fossem descobertas e para que a investigação se estenda até hoje.

RepórterMT

patricia ramos

Mãe fala da vida sem a filha.

Ela afirma que a família Cestari demonstrou uma postura fria e indiferente.

“Essas atitudes não são comuns. Eu penso que se isso acontecesse na minha casa nós estaríamos desesperados, estaríamos aflitos, nós não saberíamos como dizer, como retribuir, como pedir perdão. Eu não consigo imaginar as pessoas omitindo qualquer tipo de informação e isso aconteceu. Aconteceu o tempo todo que eu estive ali”, se indigna a mãe.

Ela relata que em momento algum disseram o que tinha acontecido no local, ou pediram desculpas. Eles deixaram a equipe do Samu e o delegado falar com ela e estavam preocupados em como os amigos policiais e o advogado iriam resolver a situação da família.

“Enquanto eu estive ali eu perguntei para todo mundo o tempo todo o que tinha acontecido com a Isabele... Ninguém veio falar comigo, nem as meninas, nem o pai, nem a mãe. O que eu pude perceber é que eles não estavam preocupados com a minha filha, e muito menos comigo. Eles estavam preocupados em como isso ia acabar para eles”, conta. 

Veja a entrevista completa:

 

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