APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Conhecido como “Rei da Soja”, o empresário Eraí Maggi obteve uma vitória em um processo em que o Grupo Bom Futuro, administrado por ele, é acusado de invadir uma propriedade de 23 hectares onde foi construído um aeródromo em Cuiabá.
Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, a Polícia Civil de Mato Grosso descartou, no último dia 4 de março, a possibilidade dos crimes de estelionato e invasão de propriedade. Conforme a publicação, a autoridade policial ainda opinou que cabe à Justiça e não à investigação criminal decidir de quem é a posse da terra.
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No mês passado a imprensa divulgou que o aposentado Aniz Bechara, de 89 anos, havia iniciado uma batalha jurídica contra a família Maggi, uma das mais ricas do mundo, pela propriedade de 300 hectares nos arredores de Cuiabá.
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O idoso alega que herdou as terras do pai e tenta provar na Justiça que as empresas de Eraí e Blairro Maggi estão utilizando como argumento o instrumento do usucapião, destinado a proteger pessoas de baixa renda, para se apropriar da sua propriedade.
Os bilionários afirmam que compraram as propriedades de posseiros, que já ocupavam os terrenos, que teriam sido comprados por eles há “mais de 30 anos”. Foram apresentados registros de títulos de posse e laudos, de um perito contratado pelos Maggi, que comprovariam melhorias feitas nas áreas em disputa.
Bechara afirma que os Maggi só conseguiram comprovar a ocupação das terras a partir de 2013, apesar disso eles têm obtido vitórias na Justiça para conseguir a propriedade das terras.
O idoso argumenta ainda que os posseiros que teriam vendido as terras aos Maggi eram invasores e que só ficou sabendo do que havia acontecido depois que os Maggi entraram com um pedido de usucapião reivindicando a propriedade de 300 dos 474 hectares que ele herdou do pai.
Procurado pela coluna de Guilherme Amado, o Grupo Bom Futuro afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto fora dos autos do processo.