Associação de bares e restaurantes sai em defesa do Carnaval após projeto de vereador

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Projeto proíbe Prefeitura da Capital de usar dinheiro público em eventos de Carnaval pelos próximos quatro anos.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT

Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Mato Grosso (Abrasel MT), a empresária Lorenna Bezerra saiu em defesa do setor após a proposta do vereador Rafael Ranalli (PL), que quer proibir a Prefeitura da Capital de usar dinheiro público em eventos de Carnaval pelos próximos quatro anos.

O principal argumento do parlamentar é que a prefeitura vive um momento crítico em decorrência do decreto de calamidade financeira, publicado logo no início da gestão do prefeito Abilio Brunini (PL) em razão do alegado déficit financeiro deixado pela administração anterior. Além disso, ele deixou claro que essa é uma pauta ideológica, chegando a se referir à festividade como “festa da carne”.

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Para a presidente da Abrasel MT, um dos deveres da prefeitura é oferecer lazer aos cidadãos, assim como outros serviços públicos essenciais. Sobre a proposta de realocar os recursos antes destinados à folia para a Saúde, Lorenna Bezerra defendeu a importância das manifestações culturais para a sociedade.

“São questões interdependentes que contribuem para a qualidade de vida e o bem-estar da população. A saúde é fundamental, mas o lazer e a cultura, como o Carnaval, também são essenciais para a saúde mental e a coesão social”, disse a empresária.

Na visão da associação, o Carnaval é uma fonte de renda, empregos e impostos que não pode ser ignorado pelas autoridades municipais.

“O Carnaval é uma tradição cultural que gera emprego, renda e arrecadação de impostos, que podem, por sua vez, ser utilizados para melhorar os serviços públicos, incluindo a saúde e a educação. O evento atrai turistas e movimenta diversos setores da economia, como hospedagem, alimentação e transporte, beneficiando a cidade como um todo”, destacou.

“Ao invés de enxergar o Carnaval como um desperdício de recursos, é mais produtivo considerá-lo uma oportunidade de geração de receita e promoção da cultura. A administração pública e os Vereadores devem buscar um equilíbrio inteligente entre as diversas necessidades da população, sem negligenciar nenhuma delas”, concluiu.