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Cuiabá, 02 de Julho de 2024
02 de Julho de 2024

13 de Março de 2024, 07h:00 - A | A

GERAL / CASO LUCAS PERES

Bombeiros investigados por morte de aluno prestam depoimento na sexta

Lucas morreu afogado no último dia 27 de fevereiro, durante treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O capitão do Corpo de Bombeiros, Daniel Alves de Moura e Silva, e o soldado identificado apenas como Caique, investigados por supostas práticas de tortura que resultaram na morte do aluno-soldado Lucas Veloso Peres, de 27 anos, durante treinamento aquático na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, devem ser interrogados nesta sexta-feira (15).

Lucas morreu afogado no dia 27 de fevereiro deste ano, durante treinamento de salvamento aquático do curso de formação da corporação. Na ocasião, ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

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O Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado pela Corregedoria do CBM. Nos últimos dias, diversas testemunhas foram ouvidas. A expectativa é que o interrogatório dessas pessoas termine na quinta-feira (14). Contudo, a investigação tramita sob sigilo, de modo que não é possível acompanhar as oitivas.

Leia mais - Conversas entre colegas de curso de Bombeiros citam que aluno levou ‘caldo’ antes de morrer

No dia seguinte, na sexta-feira, espera-se que o coronel Dércio Santos da Silva, responsável por presidir as investigações, ouça os acusados do caso. A informação foi repassada por uma fonte ao RepórterMT.

O IPM foi instaurado no último dia 28. A partir disso, a corporação tem 40 dias para concluir as investigações. O prazo poderá ser prorrogado por mais 20 dias. Os trabalhos estão sendo acompanhados pelo Ministério Público de Mato Grosso.

Vale lembrar que essa não é a primeira morte durante o curso de formação dos Bombeiros. Em 2016, o aluno Rodrigo Claro morreu após passar pelo mesmo treinamento e no mesmo local, a Lagoa Trevisan. À época, o Capitão Daniel Alves foi uma das testemunhas de defesa da então tenente Izadora Ledur, denunciada por torturar Rodrigo. Ela foi condenada, entretanto, por maus tratos  e cumpre pena em regime aberto. 

Relembre o caso

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelos militares, o aluno teria sofrido um mal súbito e submergiu na lagoa durante o treinamento. Os colegas tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso.

O militar foi encaminhado ao Hospital São Bento, mas chegou sem sinais vitais. Os médicos plantonistas insistiram nas manobras de reanimação, mas ele já estava sem vida.

A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) foi acionada e fez a liberação do corpo que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.

No entanto, o exame de necropsia realizado pela Perícia Oficial Técnica (Politec) apontou que Lucas morreu vítima de afogamento.

Logo após a morte, colegas do curso de formação denunciaram que ele teria sido torturado no treinamento, o que resultou na morte do rapaz. Diante da suspeita, um inquérito Policial Militar foi instaurado pela corporação, que passou a investigar o caso.

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