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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

08 de Abril de 2024, 07h:40 - A | A

GERAL / 305 ANOS

Casarões cuiabanos se desmancham e deixam no passado a história da cidade

Escorado por madeiras e sufocado por tapumes, o Centro Histórico pede socorro. A região que deveria ser motivo de orgulho e atrativo turístico, agora é ambiente para a violência e o tráfico e uso de drogas.

RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT



As imagens que ilustram esta reportagem falam por si só: o Centro Histórico de Cuiabá está em ruínas. Os casarões que guardam a  memória da cidade se desmancham dia após dia, dentro de um pacto silencioso de esquecimento. Em breve, se nada for feito, as "ruas de Cima, do Meio e de Baixo", não mais vão documentar as características arquitetônicas de um cidade que completa 305 anos. (Veja fotos abaixo)

"Cada chuva que dá cai um pedaço da parede aí", conta um comerciante apontando para os tijolos de adobe no chão. Muitos locais foram simplesmente abandonados pelos proprietários e "lacrados" com cimento. O risco de desabamento é evidente em vários pontos. E erra quem pensa que esse é um problema apenas do poder público e dos órgãos como o Instituto  do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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Na verdade, grande parte dos imóveis em estado de deterioração são privados e estão em inventário, outros sequer têm a documentação necessária. E, por fim, cabe aos donos a restauração, essa sim, seguindo os critérios de intervenção do Iphan.

Renan Marcel RepórterMT

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 Muitos locais foram simplesmente abandonados pelos proprietários e "lacrados" com cimento.

"A primeira coisa que a gente precisa esclarecer é isso, que o Iphan não restaura propriedade privada e muitas delas estão ainda sendo discutido o espólio, às vezes com 10, 15 herdeiros", conta a chefe de divisão técnica do Iphan, Gabriela Rangel.

Escorado por madeiras e sufocado por tapumes, o Centro Histórico pede socorro. Os comerciantes somam prejuízos com furtos sucessivos e veem as vendas caírem com o desaparecimento dos clientes.

A região que deveria ser motivo de orgulho e atrativo turístico, agora é ambiente para a violência e o tráfico e uso de drogas. Um problema que, para Gabriela, só será resolvido em uma rede articulada, que envolve os próprios comerciantes, a Secretaria de Assistência Social, Defensoria Pública e outros órgãos capazes de desenvolver projetos para a população de rua.

Renan Marcel RepórterMT

Centro Histórico em ruínas Cuiabá

 A região que deveria ser motivo de orgulho e atrativo turístico, agora é ambiente para a violência e o tráfico e uso de drogas.

A esperança para a região vem de um  um movimento liderado pela Associação Cultural Muxirum Cuiabano, em parceria com a Academia Mato-Grossense de Letras e o Instituto Histórico de Mato Grosso, que em março deste ano elaborou uma carta para os pré-candidatos a prefeito da cidade. No documento, as entidades elencam as sugestões para tentar salvar a região. As ideias vão desde a educação patrimonial, passa pela adesão ao programa Vigia Mais MT - que prevê instalação de câmeras de segurança -, restauração de imóveis recebidos em doação e arrecadação de imóveis abandonados, além do emergencial plano de estabilização dos imóveis com risco de desabamento, entre outras medidas. Clique aqui para ler a carta.

Entre as políticas públicas que buscavam proteger a história do  conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico tombado pelo Instituto  do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) esteve o PAC das Cidades Históricas. Contudo, dos 10 casarões selecionados em 2013, somente dois tiveram as obras concluídas: a Casa Barão de Melgaço - sede do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Mato-grossense de Letras, que fica na Rua Barão de Melgaço; e o Museu de Imagem e do Som de cuiabá (Misc), localizado na Rua Voluntários da Pátria com a Ricardo Franco.  

Veja fotos abaixo.

 

Álbum de fotos

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Arilton Azevedo Ferreira 08/04/2024

A manutenção é muito cara.

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Gina 08/04/2024

Tem que demolir tudo,representa um enorme perigo para a população,além de ser feio,deixa Cuiabá horrorosa. Já que não têm os cuidados necessários,demole. O passado já ficou pra trás. O hoje é a modernidade. 305 anos de quê? Além da violência extrema nestes locais,um perigo andar por aí

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Gina 08/04/2024

Já passou da hora de tirar estes monumentos deteriorados de Cuiabá,a cidade fica horrorosa e perigosa com estes prédios que não servem pra nada. Modernizem Cuiabá,afinal já tem 305 anos e a modernidade ainda não apareceu

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3 comentários