APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch, disse que foi “praticamente um milagre” o clube ter ficado por quatro temporadas na elite do futebol nacional e que a equipe precisa ser valorizada pela conquista. O rebaixamento, selado no final da temporada de 2024, já era esperado, disse Dresch.
“Ficar quatro anos na Série A para um clube como o Cuiabá, do Estado de Mato Grosso, de uma cidade relativamente pequena comparada com as outras cidades que têm clube na Série A, com pouco dinheiro, com muito pouco apoio local digamos assim. É praticamente um milagre, algo que tem que ser muito valorizado”, disse o cartola em entrevista à rádio CBN Cuiabá.
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“Acho que esse rebaixamento ia vir em algum momento. Ele demorou até para vir na visão de todas as pessoas que entendem de futebol fora de Mato Grosso. A gente ter conseguido ficar esses quatro anos foi um feito inédito, ninguém tem conseguido fazer isso nos últimos anos”, acrescentou.
O empresário não esquece do período que o clube passou na Série B antes do acesso e contabiliza como um período positivo para a história do clube. Dresch destacou que nos últimos tempos, a única equipe que conseguiu fazer a transição foi o Fortaleza, mas eles contam com um cenário propício.
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“Está numa cidade de três milhões de habitantes, tem 60 mil pessoas no estádio, arrecada cinco milhões por mês com torcida, tem uma gestão excelente do Marcelo Paz, que também é um dos fatos mais importantes. Conseguiu fazer essa transição”, explicou.
“O Cuiabá teve esses dois anos de Série B, ficamos os quatro anos na Série A e chegou o momento que a gente não conseguiu mais. É aquela história, todo ano durante seis anos você tem que passar no vestibular de medicina”, disse, exemplificando o grau de dificuldade da conquista.
Dresch também destacou dois momentos difíceis para a equipe, coincidentemente, quando foi preciso fazer a troca de técnicos. Primeiro com a saída de António Oliveira e, posteriormente, com o pedido de demissão de Petit.
“Tivemos um problema, pagamos pelo nosso sucesso em 2023, que foi a saída do António Oliveira, que foi o primeiro ponto que a gente sofreu no ano e depois a saída do Petit, que foi muito inesperada. Fui lá em Portugal trazer o cara para Cuiabá e aí chegou aqui depois de dois meses e pouco ele pediu para ir embora”, concluiu.