DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O Fórum Sindical Municipal de Cuiabá criticou nesta terça-feira (26) a ‘Operação Capistrum’, que afastou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Os representantes dos funcionários públicos falam em perseguição e "demonização" do ‘Prêmio Saúde’.
Por meio de nota, o fórum disse ter recebido com surpresa a operação e ressaltou que o afastamento do prefeito se deu não por desvio de recursos públicos, mas sim por supostamente ter contratado alguns servidores temporários para atender a população antes e durante a pandemia.
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"Chama a atenção nessa quebra democrática que não foi por desvio de recursos que o prefeito foi afastado, mas por supostamente ter contratado alguns servidores temporários para atender a população", diz trecho de nota.
"Os números expostos [de servidores contratados temporariamente] podem parecer altos, mas não quando distribuídos em 3 Upas, 4 policlínicas, 3 hospitais e 106 equipes de Saúde da Família, visando atender mais de 618 mil cuiabanos, sem contar na demanda de milhões de mato-grossenses, além de outros estados e países vizinhos que acabam precisando da saúde municipal", completa.
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Em relação ao pagamento do Prêmio Saúde, o Fórum argumentou que tentam demonizá-lo, chamando de “mensalinho”, mas que foi criado ainda na gestão do ex-prefeito Roberto França.
“É importante complemento financeiro também para os servidores efetivos, estendido aos contratados e comissionados por uma questão de justiça e valorização desses trabalhadores. Dessa forma, o Prefeito Emanuel Pinheiro apenas está cumprindo a lei assim como os gestores municipais anteriores”, citou.
No comunicado, os sindicalistas comentam também que é imperioso se faça concurso para a Saúde e tantas outras pastas. Porém, lembram que o argumento que o próprio judiciário tem usado para negar a RGA dos servidores.
“Fica a sensação de perseguição ao prefeito Emanuel Pinheiro vista desde o período eleitoral e ninguém quer ver subjugada a vontade do povo e quebrada a ordem democrática de direito, para atender aos anseios de alguns poderosos. É o lavajatismo à moda Mato Grosso, depois da grampolândia pantaneira? Cuiabá merece mais que isso, Mato Grosso merece mais que isso”, exclama outro trecho da nota.